Empresa

ZM nacionaliza peça para o mercado de reposição

Atraso nas entregas provenientes da China levou empresa a produzir mancais de acionamento dos motores de partida em Santa Catarina

Diante da instabilidade de fabricação e entrega de matérias-primas fornecidas pela China, a ZM decidiu investir na nacionalização dos mancais de acionamento dos motores de partida, utilizados tanto em veículos leves como pesados.

“Nossa empresa já tem a cultura de uma estrutura de produção verticalizada, visando depender minimamente de fornecedores externos”, explica Alexandre Zen, CEO da ZM. “Com a pandemia, não podíamos deixar nossos clientes e mercado desabastecidos, então estudamos a melhor conduta e concluímos que seria investir e agregar mais esse componente em nossa produção interna”.

A empresa aplicou R$ 500 mil em novas ferramentas de fundição e dispositivos de usinagem e, com isso, conseguiu  um menor lead-time para sua produção, além de um maior controle de processo produtivo, agregando, assim, maior valor ao desenvolvimento da indústria nacional.

De acordo com Zen, há outro item em fase de nacionalização, que são as carcaças forjadas a quente, utilizadas em terminais de direção. Atualmente provenientes da Ásia, as carcaças estão em fase de desenvolvimento para serem produzidas por meio do processo de forjamento a frio, como já acontece com grande parte da produção da empresa. O investimento para essa transição poderá ultrapassar R$ 3 milhões, incluindo projetos e execução das novas ferramentas.

“Os custos de produção para itens forjados a quente em países asiáticos já não são tão atrativos como no passado. Além disso, o processo de forjamento a frio para a produção desses componentes já é utilizado por algumas grandes indústrias fora do Brasil nos fornecimentos OEM”, explica o CEO da ZM, fabricante de componentes automotivos que tem sede em Santa Catarina.

Por causa da pandemia e da pressão dos governos para investirem em redução de poluentes, várias indústrias na Ásia, principalmente na China, tiveram  uma redução abrupta na capacidade de forjados a quente. “Sabemos que o processo de forjamento a quente não é dos mais limpos, bem diferente do processo a frio que, dentre outros benefícios, consome bem menos energia elétrica”, complementa o CEO da empresa.


Foto: Divulgação/ZM

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás