Divergências na cláusula que garante estabilidade ao funcionário com doença ocupacional foi determinante na decisão dos metalúrgicos
Em assembleia na manhã de quarta-feira, 13, na porta da fábrica da General Motors, em São Caetano do Sul (SP), os trabalhadores rejeitaram contraproposta parcial apresentada pela empresa na sexta-feira, 8. Com a decisão os metalúrgicos seguem em greve que, agora, será julgada pelo TRT-2, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. A produção na unidade está parada desde o dia 1º
De acordo com nota do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, na negociação a empresa já havia aceitado a proposta de reajuste de 10,42% salarial baseado no INPC acumulado até agosto, além de outros itens relacionados a Vale-Transporte e refeições no restaurante da fábrica.
A principal divergência se refere à Cláusula 42, artigo de acordo coletivo que trata da estabilidade de emprego aos funcionários portadores de doenças ocupacionais, como lesões ocasionadas por movimentos repetitivos. Segundo o sindicato, item do qual “não abre mão”. Outro impasse diz respeito ao reajuste no valor do Vale-Alimentação.
Como nas ocasiões anteriores durante a greve, a GM diz em nota estar fazendo todos os esforços para chegar a um acordo justo para ambas as partes. “Considerado o atual cenário econômico e os impactos da pandemia, esperamos poder retomar a produção o mais rápido possível.”
De acordo com o sindicato, por volta de 4,1 mil trabalhadores aderiram ao movimento. A unidade de São Caetano, no entanto, por falta de componentes, esteve paralisada entre os meses de maio e junho. No período, a empresa também aproveitou para adiantar processo de readequação na linha para receber nova picape Chevrolet, já confirmada pela fabricante.
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