O Pulse será finalmente lançado nesta terça-feira,19, após cinco meses de sua primeira aparição pública em um reality show televisivo. Concessionárias, entretanto, há dias já vinham investindo em campanhas publicitárias para convencer clientes a visitar seus showrooms antes mesmo do evento solene, marcado para o início da noite de amanhã. Algumas, até já expunham fisicamente o modelo no fim da semana passada.
A pressa para mostrar o novo carro, seja por parte da montadora ou dos revendedores, se justifica. O Pulse é, de longe, a maior novidade da Fiat no ano e a primeira investida da marca no segmento de SUVs, o maior do mercado interno e em franco crescimento.
De janeiro a setembro, 483,5 mil utilitários esportivos foram vendidos no Brasil, número que representa 41,8% de todos os carros de passeio ou 33% do mercado total, considerados também os comerciais leves. Na comparação com igual período do ano passado, o segmento cresceu 40% contra 13,2% da média do mercado.
Portanto, com um SUV — ainda mais posicionado entre os mais baratos, responsáveis pela grande maioria das vendas do segmento —, a Fiat ampliará, e muito, seu arsenal na guerra pela manutenção da liderança no ranking das marcas mais vendidas internamente, reconquistada em 2021, após cinco anos de domínio da General Motors.
De quebra, o carro fabricado pela Stellantis em Betim, MG, pode recolocar também a marca, atual segunda colocada, na briga direta pela ponta do segmento de carros de passeio, que tem à frente a Volkswagen no acumulado dos nove primeiros meses, com 17,4% de participação e 24,7 mil unidades a mais.
Se suplantar a concorrente em 2022 em automóveis — este ano é muito difícil — e mantiver o desempenho em comerciais leves, a Fiat conquistará a, digamos, “Dupla Coroa” do mercado interno, liderando ao mesmo tempo as vendas de automóveis e de comerciais leves.
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A última vez que isso ocorreu no País foi em 2014 e com a própria Fiat. Em 2015, seu último ano à frente do mercado interno, a atual marca mais popular da Stellantis ficou em segundo lugar em automóveis. De 2016 a 2020, a GM liderou o mercado total, mas sempre tendo a Fiat como líder em comerciais leves.
Ao contrário dos últimos cinco anos, a “Dupla Coroa” foi feito comum na década entre 2005 e 2015, período de total hegemonia da Fiat. Somente em 2009 e em 2015 a marca conseguiu permanecer no primeiro posto sem estar à frente também do segmento de carros: foi suplantada, respectivamente, pela Volkswagen e General Motors, mas nos dois casos por diferença marginal, abaixo de 1 ponto porcentual.
Foto: Divulgação
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Apesar de compartilhar a mesma plataforma do Argo, a Fiat investiu pesado em novas molas de suspensão, borrachões e adereços cross-over, além de novas cores opcionais. “Nossos clientes agora terão a sensação de possuir um SUV de verdade, pelo módico valor de R$ 119.990,00”, comentou um alto executivo da holding italiana. Ponto para a Fiat…