Presidente da entidade teme pela não renovação do regime de imposto de importação diferenciado para elétricos e híbridos
Representante de marcas que só operam com produtos vindos de fora e também de algumas com produção local, a Abeifa divulgou nesta segunda-feira, 8, balanço positivo em outrubro no cômputo geral, mas queda significativa nas importações. As associadas da entidade emplacaram apenas 1.597 unidades importadas em outubro, recuo de 14,6% frente as 1.871 de setembro e de 39,4% ante o mesmo mês de 2020.
As vendas de veículos estrangeiros totalizam apenas 21.392 unidades nos dez meses do ano, com queda de 4,9% sobre idêntico períogo do ano passado, quando houve 22.491 licenciamentos. É um decréscimo significativo considerando que 2020 foi marcado pela eclosão da Covid-19 no Brasil e no mundo, com paralisações na produção do setor no primeiro semestre por causa das medidas de isolamento social.
O presidente da entidade, João Henrique Oliveira, lembra que as associadas, tanto na importação como na produção nacional, não estão conseguindo atender a potencial por conta da crise dos semicondutores. “Infelizmente, a indústria automotiva internacional deve ser impactada por falta de insumos ao longo também do próximo ano. Isso tem provocado fila de espera por vários modelos importados”, informou o executivo.
Além da falta de produtos, há hoje uma preocupação no setor com relação à renovação da lista de exceção aos produtos híbridos e elétricos, que vence no dia 31 de dezembro próximo. O imposto de importação, nesses casos, varia atualmente de 0% a 7%, dependendo da eficiência energética dos produtos.
“Vale ressaltar que as associadas à Abeifa têm expressiva representatividade em híbridos e elétricos premium. Se não acontecer a renovação do regime, poderemos ter um 2022 ainda mais difícil, porque a cambial do real com o dólar e o euro ainda é muito desfavorável ao importador brasileiro e também porque o próximo ano será fortemente impactado pelas eleições gerais no Brasil”, argumenta Oliveira.
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Já no caso dos veículos produzidos localmente, o total de licenciamentos chegou a 4.711 unidades, com alta de 10,1% ante as 4.278 unidades do mês anterior e aumento de 49,6% no comparativo com outubro do ano passado. No acumulado dos dez meses também houve crescimento no caso da produção local. Foi de 68,3%, com 39.952 unidades licenciadas contra as 23.734 do mesmo período de 2020
Foto: Divulgação/Abeifa
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