Com dificuldades para aumentar a produção por causa da falta de chips e outros componentes, as montadoras enfrentam o desafio de equilibrar a oferta para o mercado interno com os compromissos externos. Nesse verdadeiro malabarismo que marca o setor em 2021, as exportações têm levado vantagem.
Enquanto as vendas no mercado interno cresceram apenas 9,5% no acumulado até outubro, os embarques tiveram alta de 26,8%, índice também superior ao da evolução da produção, que foi de 16,7%. Com isso, a participação das exportações no total fabricado no Brasil passou de 15,2% em 2020 para 17,6% este ano.
No acumulado dos primeiros dez meses do ano, foram exportados 306,8 mil veículos, ante as 241,9 mil unidades do mesmo período do ano passado. O mercado interno passou de 1,59 milhão para 1,74 milhões de unidades no mesmo comparativo, enquanto a produção evolui de 1,57 milhões para 1,83 milhões de veículos.
Em outubro, por exemplo, foram exportadoas 29,8 mil unidades, alta de 26,1% sobre setembro. Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, parte dessa alta deve-se à transferência de alguns embarques de um mês para o outro.
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Mas também tem favorecido os negócios externos o bom momento de alguns mercados, como Chile, Colômbia e Uruguai, e a base de comparação baixa de 2020, quando o desempenho nessa área foi fortemente prejudicado pelo início da pandemia da Covid-19.
No contexto de alguns mercado em alta, a Argentina, o principal comprador dos veículos brasileiros, segue na contramão e vem reduzindo suas compras em função, principalmente, da escassez local da moeda estadunidense. Em valores, foram exportados quase US$ 6,2 bilhões no acumulado deste ano, ante total de US$ 4,24 milhões em idêntico período de 2020. O crescimento é de 45,9%.
Foto: Pixabay
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