Até houve pequena alta sobre setembro, mas persistem os problemas com falta de semicondutores e outros componentes
Aprodução de veículos teve pequena elevação de 2,6% em outubro ante setembro, com 177,9 mil unidades saindo das linhas de montagens das montadoras instaladas no País. Algumas fábricas que estavam paradas retomaram as operações no mês passado, mas outras reduziram turnos este mês em função do persistente problema de escassez de semicondutores, que afeta o setor mundialmente e deve perdurar durante todo o ano que vem.
Com relação ao mesmo mês do ano passado (237 mil veículos), verificou-se queda de 24,8%. Outubro de 2021 foi o pior dos últimos cinco anos, ou seja, desde 2016 não se registrava um volume tão baixo no mês. Ao divulgar os dados da indústria nesta segunda-feira, 8, a Anfavea destacou que a produção é historicamente maior neste período para garantir oferta adequada na reta final do ano, marcada sempre pelo aquecimento das vendas.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, explicou que além dos semicondutores que recebem diretamente, as montadoras também não estão recebendo dos fornecedores alguns componentes, como o módulo de motor, que dependem de chips. Ou seja, a indústria não tem conseguido acompanhar a demanda apesar de todos os esforços das áreas de compras, logística e manufatura no sentido de driblar os gargalos na produção.
Um fator adicional de preocupação no momento é a greve dos caminhoneiros no Porto de Santos, que pode prejudicar ainda mais o fluxo da produção das montadoras. “Há risco de paradas em função de componentes importados que podem não chegar nas linhas de montagem”, comentou o executivo.
As vendas no mercado interno até cresceram 4,7% em outubro com relação a setembro, totalizando 162,3 mil emplacamentos entre leves e pesados, mas os estoques continuam bastante reduzidos. Incluindo os pátios das montadoras e concessionárias, eles equivalem a apenas 17 dias de vendas, num total de 93,5 mil unidades. Também o mercado interno registrou este ano o pior outubro dos últimos cinco anos.
O quadro de mão de obra no setor teve pequena baixa no comparativo mensal, “fruto de algum PDV, Programa de Demissão Voluntária, segundo Moraes, mas no acumulado do ano foram abertas 1.402 novas vagas. São 102.625 funcionários diretos, sem contar os das fábricas de máquinas agrícolas e de construção.
“Nossa indústria faz o possível e o impossível para garantir os empregos, sempre na expectativa de uma reação do mercado. Esperamos responsabilidade de todos os agentes públicos para que em 2022 haja uma melhoria no ambiente geral de negócios, a despeito de ser um ano eleitoral”, destacou o presidente da Anfavea.
Ele admitiu que há uma preocupação quanto a uma possibilidade de redução da demanda no futuro em função do atual quadro econômico, com inflação e juros em alta e, ainda, um elevado número de desempregados.
Foto: Divulgação/Jeep
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