Embora também sinta os efeitos provocados desabastecimento de componentes, a produção de caminhões consegue se manter em ritmo aquecido. Apesar de uma leve queda de 1,7% sobre setembro, as 13,6 mil unidades produzidas em outubro representaram crescimento de 24,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando das linhas de montagem saíram 10,9 mil unidades.
De acordo com Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação dos resultados do setor automotivo, na segunda-feira, 8, o pequeno recuo mensal não sinaliza preocupação para o setor.
“Os patamares são os mesmos. Apesar da necessidade de semicondutores ser menor, até em função dos volumes menores, a indústria de pesados também enfrenta desafios. Tanto que tivemos o melhor outubro desde 2013.”
Com o volume de outubro, a produção nos dez primeiros meses do ano ultrapassou 131,8 mil unidades, em alta de 91,2% em relação aos 68,9 mil caminhões anotados um ano antes. O desempenho do ano já superou em 33,6% a produção dos dez meses de 2019, portanto, antes da pandemia.
“Devido ao impacto da pandemia, que chegou a interromper a produção, o ano passado não apresenta boa base de comparação. Ainda assim, também tivemos o melhor acumulado desde 2013”, avalia Saltini.
Pelos dados da associação, a categoria de pesados é a que mais alavanca o crescimento. Até outubro, a produção do subsegmento quase dobrou, com 96% de alta, para 64.937 caminhões. O volume representou 49,2% do total de caminhões produzidos no ano.
Ao contrário de caminhões, o segmento de ônibus ainda custa mostrar recuperação. A produção do ano até outubro, com 15,8 mil chassis, foi apenas 1,1% maior em relação ao mesmo período do ano passado, de 15,6 mil
O desempenho isolado do mês passado, com 1,3 mil unidades representou baixa de 27,8% na comparação com outubro do ano passado, quando anotou 1,8 mil chassis.
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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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