Os licenciamentos de caminhões no mês passado marcaram pela terceira vez consecutiva um resultado negativo. Segundo os dados do Renavam consolidados pela Fenabrave, em novembro o mercado absorveu 10,5 mil unidades, volume 4,75% inferior ao de outubro.

No confronto com o mesmo mês do 2020, quando as entregas foram de pouco mais de 7 mil caminhões, a alta chegou aos 17,06%.

Apesar do recuo mensal, a Fenabrave entende que não se trata de uma tendência de arrefecimento, mas devido a capacidade limitada da indústria em atender à demanda devido ao desabastecimento de componente. De acordo com a federação, negócios de hoje de alguns modelos estão com entregas previstas somente para julho de 2022.

Com as vendas de novembro, o acumulado do ano somou 115,3 mil caminhões vendidos, expansão de 45,06% sobre as 79,5 mil unidades negociadas um ano antes. Foi a maior alta de todo setor da distribuição de veículos para o período no ano.

“As vendas continuam aquecidas, em especial devido à demanda do agronegócio”, resume Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

Tanto é assim, que a categoria de pesados se mantém com a maior participação nas vendas totais. As 58,7 mil unidades emplacadas de janeiro a novembro responderam por 48,9% dos emplacamentos de caminhões. Seguem os semipesados (26,7%), leves (9,9%), médios (9,2%) e semileves (5,1%).

No segmento de ônibus, embora tenha anotado alta de 14,3% nos emplacamentos de novembro ante outubro, de quase 1,2 mil unidades para 1,3 mil, o desempenho geral ainda custa a mostrar recuperação. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando os licenciamentos superaram 1,7 mil ônibus, chegou a 21,39%.

“A melhora nas vendas mensais é uma ótima notícias para o setor”, avalia o presidente da Fenabrave. “Mas temos de contextualizar que se trata de um aumento de menos de 200 unidades sobre as de outubro. Teremos uma visão mais clara sobre a recuperação deste segmento apenas em 2022.”

No acumulado até novembro, as vendas somaram 16,3 mil unidades. O volume alcançou o patamar anotado no mesmo período do ano passado, mas ainda 2,63% menor.

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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação

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