Produzido na Argentina e México, o Volkswagen Taos é o primeiro veículo vendido no Brasil avaliado pelo Latin Ncap, Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina, a obter cinco estrelas — a nota máxima — sob o novo protocolo da entidade.
Na rodada de testes, divulgada nesta sexta-feira, 3, a entidade também revelou os resultados da reavaliação dos Fiat Argo e Cronos sob os mesmo critérios. Os modelos da marca italiana produzidos no Brasil e na Argentina, porém, não receberam nenhuma estrela, contra as três para proteção de adultos e as quatro para crianças conquistadas em 2019.
O Taos, que em todas versões oferece seis airbags, controle de estabilidade e sistema Isofix de ancoragem para cadeirinhas, enfrentou impactos frontal, lateral, lateral de poste, manobras do teste do alce, chicotada cervical e de frenagem autônoma, dentre outras provas. Conquistou 90,2% para proteção de adultos, 89,9% em proteção de crianças, 60,6% para pedestres e 85,0% em sistemas de assistência à segurança.
A entidade destaca ainda que SUV também oferece sistema de frenagem de emergência em, ao menos, 50% do volume de produção. “As cinco estrelas do Taos são um marco nos mais recentes protocolos do Latin NCAP e representam o desafio para todos os fabricantes de buscarem a mais alta classificação por estrelas. O Taos fabricado regionalmente oferece segurança padrão global para seus ocupantes e usuários vulneráveis da estrada”, elogiou Alejandro Furas, secretário geral do Latin Ncap.
Já os modelos da Fiat, que dispõem de apenas dois airbags de série e não contam com controle eletrônico de estabilidade, ficaram bem aquém. Após avaliação dos testes de impactos frontal e lateral, chicotada cervical e proteção de pedestres, obtiveram 24% na proteção de adultos, 10% de crianças, 37% de pedestres e 3% nos sistemas de assistência à segurança.
Segundo a entidade, os Fiat apresentaram proteção média-baixa no impacto lateral, particularmente nas regiões dos joelhos, tórax e cabeça, e a sinalização do sistema de retenção infantil não atende seus requisitos. “À medida que o fabricante do veículo melhorar a sinalização, é provável que o resultado melhore para a proteção dos ocupantes infantis”, afirma nota do órgão.
O baixo índice para proteção a adultos deve-se, diz a instituição, à ausência de airbags para proteção lateral e lateral de cabeça como itens de série, dentre outras observações. “A proteção no impacto lateral [foi] pobre para o ocupante adulto, ganhando zero estrela neste teste”, enfatizou a entidade.
A proteção de pedestres apresentou o pior desempenho desde que o Latin NCAP começou a avaliá-la em 2020. “O veículo tem proteção passiva pobre e não oferece AEB (frenagem automática) para compensar, mitigar ou eventualmente prevenir o contato com pedestres”, destacou o órgão, que revelou que a Fiat já teria se prontificado “a melhorar os veículos em breve e que solicitará que sejam reavaliados para demonstrar as melhorias”.
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