Alta do ICMS foi decisiva para a mudança no topo do ranking nacional
Conforme previsto no início do ano por montadoras e concessionárias, Minas Gerais superou São Paulo em venda de veículos e assumiu a liderança do mercado brasileiro em 2021. No acumulado de janeiro a novembro foram emplacadas 390,7 mil unidades no estado mineiro e 384,1 mil no paulista.
Ao divulgar os dados nesta segunda-feira, 6, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, atribui essa mudança no ranking nacional à alta da alíquota do ICMS em São Paulo, que passou de 12% para 13,3% em janeiro passado e para 14,5% em abril, enquanto em Minas Gerais ficou mantido o porcentual de 12%.
“O ICMS faz muita diferença principalmente em um período de recuperação do setor como o vivido este ano”, comentou Moraes, lembrando que em outubro já havia sinalizado a possiibilidade de a reversão nas duas primeiras posições do ranking de venda de veículos ser revertido antes do final do ano.
No final de 2020 e início de 2021 houve ampla mobilização dos revendedores de veículos novos e usados, assim como das fabricantes, na tentativa de evitar a alta do ICMS em São Paulo. A justificativa era justamente a possibilidade de migração das vendas paulistas para a vizinha Minas Gerais, Mas o governo não cedeu e o reflexo foi concretizado agora no balanço de novembro.
As vendas de veículos no mercado interno brasileiro atingiram 1,91 milhão de unidades no acumulado dos 11 meses, volume 5,4% superior ao total de 1,81 milhão comercializado em idêntico período do ano passado. Apesar de positivo nesse comparativo, o desempenho é inferior ao registrado na pré-pandemia. Entre janeiro e novembro de 2019 foram registrados mais de 2,52 milhões de emplacamentos.
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O problema é a falta de semicondutores que tem provocado gargalos na produção de todas as montadoras. De acordo com a Anfavea, 300 mil veículos deixarão de ser fabricados este ano no País por causa da escassez de componentes.
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