A produção de caminhões encerrou os onze meses primeiros meses do ano com pouco mais de 146,4 mil unidades, volume 82% maior em relação ao registrado um ano antes, de 80,4 mil. Com o desempenho, o nível de atividade se apresenta como o melhor desde 2013.
“Apesar das dificuldades pela falta de componentes, o segmento de caminhão mantém trajetória de recuperação desde o segundo semestre do ano passado”, avaliou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço do setor automotivo na segunda-feira, 6. “Demandas do agronegócio, mineração, construção e e-commerce foram os principais motores da retomada.”
Apenas em novembro, saíram das linhas de montagem 14,3 mil caminhões, altas de 4,7% em relação a outubro (13,7 mil) e de 25,3% no conforto com o mesmo mês do ano passado, de 11,4 mil unidades. Segundo os dados da Anfavea, o resultado foi o melhor para o mês desde 2013.
De acordo com Bonini, a demanda por caminhões deverá continuar aquecida em 2022, o que refletirá nas atividades do chão de fábrica. “Ainda não temos um cenário para o ano que vem. Mas há fatores positivos, como a estimativa da Conab de mais um crescimento na safra. O aumento da inflação e dos juros, a revisão do PIB para baixo e a falta de componentes são, porém, os elementos que trazem muitas incertezas.”
Ônibus – A mais afetada pelo impacto da pandemia do setor automotivo, a produção de ônibus ganhou ritmo em novembro com crescimento de 21,4% sobre outubro com 1,5 mil chassis produzidos. O volume, no entanto, foi 7,5% inferior ao de novembro de 2020, quando a indústria construiu 1,7 mil chassis.
Segundo o vice-presidente da Anfavea, o número do mês já reflete o retorno dos ônibus destinado ao Caminho da Escola na produção. “A partir do ano que e, ao longo dele, o programa reforçará as atividades das fábricas.”
No acumulado de janeiro a novembro, o volume produzido de chassi somou 17,4 unidades, volume estável em relação ao mesmo período do ano passado, com ligeira alta de 0,3%.
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Foto: Volvo/Divulgação
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