Apesar da crise de abastecimento de componentes que também afeta suas operações no Brasil, a Caoa Chery segue crescendo acima da média do mercado e tem planos ambiciosos para manter a curva ascendente em 2022, que incluem novos produtos nacionais e importados, além da continuidade da expansão da rede.

Durante a apresentação do Tiggo 7 PRO nesta semana, o CEO da empresa, Marcio Alfonso, informou que serão feitos dois lançamentos de modelos inéditos produzidos no Brasil, além de outros dois importados, um 100% elétrico e outro híbrido plug-in.

No caso do veículo elétrico, um dos modelos em estudo é o novo e-Q1, modelo compacto apresentado recentemente pela Chery na China. “Estamos pensando em reforçar nossa presença no segmento de elétricos com uma opção mais acessível. Os tops de linha estão ganhando espaço no mercado, mas são produtos de baixo volume”, lembrou o executivo.

Para dribar a crise dos semicondutores e as dificuldades de logística para o recebimento de peças importadas dentro do programado, a Caoa Chery flexibilizou as operações nas fábricas em Anápolis, GO, e Jacareí, SP. “Não tem uma determinada pela para um modelo, colocamos outro na linha”, explicou Alfonso.

Com isso, a empresa espera fechar o ano com a venda de 40 mil unidades, o dobro do ano passado. No balanço de janeiro a novembro, o crescimento é de 113% – 36 mil este ano contra 16,9 mil no mesmo período de 2020. Um índice expressivo frente a expansão de apenas 3,6% no mercado de veículos leves em geral.

“Nossa participação chegou a 2% e queremos um novo salto, para 3%, em 2022”, revelou Alfonso. A meta é chegar a 60 mil veículos – alta de 50% sobre este ano -, dos quais 42 mil produzidos em Anápolis e 18 mil em Jacareí. O CEO não quis revelar detalhes dos modelos nacionais programados para 2022, mas adiantou que um deles deve ser um crossover, um misto entre um SUV e um sedã.

Em paralelo aos investimentos em novos modelos, a Caoa Chery vem ampliando continuamente a sua rede de concessionárias. Das 25 existentes em 2017, quando a empresa foi constituída, chegou a 115 em 2020 e agora são 137.

“A meta era chegar a 150, mas os problemas atuais fizeram com que postergássemos algumas inaugurações. Deveremos chegar a 150 ainda no primeiro trimestre e encerrar o ano com 170”, concluiu o executivo.


Foto: Divulgação/Caoa Chery

Alzira Rodrigues
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