Com 207 mil emplacamentos em dezembro – o melhor mês de 2021 -, o setor automotivo encerrou 2021 com a venda de 2,12 milhões de veículos, o que representou crescimento de 2,98%% sobre 2020 (2,05 milhões de unidades).
“Um ano atípico e conturbado”, como resumiu o novo presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, ao divulgar o balanço do mercado nesta quinta-feira, 6, lembrando que a projeção inicial da entidade de expansão de 16% poderia eventualmente ter se concretizado não fosse os problemas na área produtiva decorrentes da falta de componentes, principalmente semicondutores.
Os números de dezembro representaram crescimento de 19,7% sobre novembro (172,9 mil unidades), mas queda de 15,1% sobre as 243,9 mil do mesmo mês de 2020. O comportamento do mercado não foi uniforme em todos os segmentos que contempla.
As vendas de automóveis, por exemplo, caíram 3,56% no ano, para 1,55 milhão de unidades. Já as de comerciais leves cresceram 24,2, para 416,6 mil. Na avaliação de Andreta, esse comportamento reflete decisão das montadoras de direcionar componentes com menor disponibilidade de fornecimento para os comerciais leves.
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Também foi positivo o balanço do mercado de caminhões, que teve a expressiva alta de 42,6% no ano, totalizando 127,3 mil emplacamentos, o maior volume desde 2015. Já no caso dos ônibus houve queda de 2,5%, para 17,7 mil unidades.
No cômputo geral, o presidente da Fenabrave lembra que o balanço do ano ficou bem próximo às últimas projeções divulgada pela entidade:
“O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global de abastecimento de insumos e componentes e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Mas acreditamos que teremos um 2022 um pouco melhor do que este ano”.
Foto: Divulgação/Renault
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