Segmento apurou o maior volume de vendas dos últimos seis anos e tende se manter em expansão durante 2022
Dentre todos os segmentos do setor automotivo, o de caminhões foi o que registrou o maior crescimento nos licenciamentos em 2021. De acordo com balanço da Fenabrave apresentado na quinta-feira, 6, no ano passado o transportador de carga absorveu 127,3 mil unidades, uma alta de 42,8% sobre o acumulado de 2020, quando somou 89,1 mil emplacamentos. O desempenho resultou no maior volume de vendas desde 2015.
Mas ao contrário de seis anos atrás, quando as vendas do segmento iniciavam um ciclo de quedas sucessivas, o mercado deverá se manter comprador em 2022. “O volume de transações se estabilizou em patamar alto”, avalia José Maurício Andreta Júnior, recém-eleito presidente da Fenabrave. “Além disso, há muitas unidades já comercializadas no ano passado que ainda serão entregues nos próximos meses.”
Na primeira projeção do ano, a federação que representa a rede de concessionárias estima um crescimento por volta de 7% nas vendas de caminhões, que, se realizado, alcançaria volume acima de 136,6 mil unidades negociadas. As demandas aquecidas do agronegócio, construção, mineração e e-commerce deverão permanecer como as principais alavancas.
O dirigente, no entanto, observa que o ambiente segue desafiador. “Situações conjunturais podem afetar as estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos e componentes eletrônicos, que estamos diante de uma economia ainda turbulenta e iniciando um ano de eleições, que costumam criar um cenário de incertezas.”
Ônibus – Ao contrário do segmento de caminhões, o de ônibus ainda patina na recuperação. Os emplacamentos encerraram o ano passado em queda de 2,49% com 17,7 mil unidades entregues contra 18,2 mil licenciamentos em 2020, período considerado de muita dificuldade em virtude dos impactos da pandemia no transporte de passageiros.
A Fenabrave espera recuperação em 2022, especialmente por mais um período de entregas para o programa Caminho da Escola. Em sua primeira estimativa, os emplacamentos de ônibus deverão crescer 8%, para algo em torno de 19,1 mil unidades.
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Foto: Volvo/Divulgação
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