Com o veículo mais negociado do País, a picape Strada, a Fiat encerrou 2021 como a líder em vendas de automóveis e comerciais leves após cinco anos consecutivos de domínio da Chevrolet. A marca italiana superou 431 mil licenciamentos, 33,9% a mais do que no ano passado e 21,8% de participação considerados os segmentos de carros de passeio e comerciais leves.
O desempenho da Fiat chama a atenção também quando se compara o crescimento médio do mercado brasileiro, que evoluiu somente 1,2% na mesma comparação, e das principais concorrentes. Segunda colocada no ano passado, a Volkswagen vendeu 302,3 mil unidades, 15,3% de participação e queda de 8,5%.
O desempenho da Chevrolet, terceira colocada, foi ainda mais sofrível. Com a General Motors enfrentando longos períodos de paralisação de suas linhas de montagem em decorrência da falta de componentes, a marca acumulou apenas 242,1 mil veículos entregues aos clientes finais, um tombo da ordem de 28,5% sobre o ano anterior e encolhimento da participação de 5 pontos porcentuais; de 17,3% em 2020 para 12,2%.
Na prática, a Fiat vendeu 129 mil veículos a mais que a segunda colocada, cerca de quatro meses de vendas. Não à toa a marca, que no três anos anteriores ocupou a terceira posição no ranking, saltou direto para o primeiro lugar, atropelando sobretudo a Volkswagen, principal ameaça para a GM em 2020.
LEIA MAIS
→ Em ano conturbado, venda de veículos cresce 3% em 2021
Apesar do salto, a Fiat registrou somente o sexto maior crescimento dentre as vinte marcas mais vendidas no Brasil. Foi superada pela Jeep, sua coirmã de Stellantis, que aumentou as vendas em 35% e obteve 7,5% de participação, pela Caoa Chery, que dobrou os emplacamentos e assumiu a 10ª colocação pela primeira vez, e pela Citroën e Peugeot, outras duas marcas da Stellantis, que cresceram, respectivamente 73% e 119% a mais.
O ano passado ficará marcado também pelo fim da produção da Ford no Brasil e seu natural declínio nos licenciamentos. Se em 2020 a marca — a primeira a ter montagem local, iniciada em 1919 — vendera 139 mil automóveis e comerciais leves, fatia de 7,4% do mercado interno e a 5ª maior, em 2021 foram somente 37,8 mil, 73% a menos, e abaixo de 2% de participação.
Vendas e evolução das marcas em 2021
Fiat | 430.242 | 33,9% |
Volkswagen | 302.219 | -8,5% |
GM | 242.049 | -28,5% |
Hyundai | 184.259 | 10% |
Toyota | 172.904 | 25,4% |
Jeep | 148.746 | 35,0% |
Renault | 127.574 | -3,1% |
Honda | 81.413 | -3,2% |
Nissan | 64.912 | 6,4% |
Caoa Chery | 39.729 | 97,8% |
Ford | 37.771 | -72,9% |
Peugeot | 29.553 | 119,4% |
Citroen | 23.354 | 73,3% |
Mitsubishi | 20.641 | 19,1% |
BMW | 14.517 | 16,8% |
Volvo | 8.274 | 7,4% |
Mercedes-Benz | 7.154 | -22,2% |
Audi | 6.255 | -10,1% |
Land Rover | 5.168 | 11,8% |
Kia | 5.043 | -15,7% |
Foto: Divulgação
- Caoa Chery dobra vendas, participação e estabelece recorde anual - 18 de novembro de 2024
- Royal Enfield terá segunda montagem de CKDs no Brasil - 14 de novembro de 2024
- SUVs batem recorde histórico de unidades vendidas - 14 de novembro de 2024