Demandas por pesados e semipesados se mostraram os principais motores na programação das linhas de montagem
Embora tenha de se considerar uma base baixa de comparação, fruto de um ano atípico com a chegada da pandemia, a produção de caminhões no País no ano passado cresceu 74,6%, para 158,8 mil unidades ante 90,9 mil registradas em 2020.
O resultado representou o maior volume desde 2013, ano que acumulou 190,9 mil caminhões produzidos, em retomada após a queda no primeiro ano da entrada em vigor da atual fase do Proconve, em 2012.
De acordo com avaliação Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea, especialmente as demandas do agronegócio, da mineração e do e-commerce sustentaram o ritmo das atividades no chão de fábrica.
“Apesar de todas as dificuldades com a falta de insumos, o segmento de caminhões retomou a trajetória de recuperação que vinha apresentando a partir de 2018”, resumiu durante apresentação do balanço de 2021 do setor automotivo na sexta-feira, 7.
Apenas em dezembro, mês habitualmente marcado por férias coletivas, a produção somou 12,4 mil caminhões, volume 13,2% menor em relação a novembro, mas 18,2% superior ao registrado no mesmo mês de 2020, de 10,4 mil unidades.
No ano passado, os caminhões pesados e semipesados foram as categorias que mais ocuparam as atividades de montagem, retificando os perfis dos compradores apontados por Saltini.
Na produção total, os pesados responderam por 78,8 mil unidades, em alta de 78,7% em relação a 2020, e os semipesados, por 46,1 mil caminhões, crescimento de 69,7%, na mesma base de comparação. Juntos, as categorias participaram com 78,7% do todo o volume de caminhões produzido no ano passado.
O segmento de ônibus, em meio a um cenário de vendas reprimido, ainda custa a ganhar maior representatividade na programação de produção, embora tenha encerrado o ano passado com pequena alta de 2,6%. Em 2021, saíram das linhas de montagem 18,9 mil chassis ante 18,4 mil em 2020.
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