Sem categoria

MG desbanca SP e lidera mercado de veículos no País

Berço do pão de queijo, o Estado tornou-se em 2021 o primeiro colocado no ranking nacional do setor

Conhecida com o berço do pão de queijo, tradicional quitute da culinária brasileira, Minas Gerais ganhou no título no cenário nacional. É agora o Estado com maior volume de vendas do País, desbancando São Paulo, que ocupou tal cargo desde que a indústria automotiva se instalou por aqui.

Já no início do ano as lideranças do setor, tanto das montadoras como do varejo, alertavam o governo paulista sobre esse risco em função do aumento do ICMS incidente sobre automóveis, que dos 12% anteriores está agora em 14,5%. Não foram poucos os executivos que falaram da grande possibilidade de migração para o estado vizinho.

E os números consolidados de 2021 confirmam projeções feitas na ocasião. Enquanto as vendas de veículos em Minas Gerais cresceram 13%, atingindo 456,6 mil emplacamentos no ano passado ante os 405,6 mil do ano anterior, as de São Paulo caíram 8 5, baixando, no mesmo comparativo, de 490,6 mil para 453,6 mil unidades.

É uma diferença pequena, mas um marco para o estado mineiro que nunca na história tinha ocupado tal posição, apesar de sediar grandes locadoras que compram no atacado e, consequentemente, em  volumes significativos.

Na média, o número de emplacamento no País subiu 3% em 2021, atingindo 2.119.851 unidades, incluindo-se automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Minas Gerais deteve 21,5% do mercado total, enquanto São Paulo ficou com 21,4%.

LEIA MAIS

Em ano conturbado, venda de veículos cresce 3% em 2021

Montadoras aceleram produção em dezembro

Além de São Paulo, também registraram queda nas vendas os estados de Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Para, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O maior índice na alta de emplacamentos ocorreu no Rio de Janeiro. Foram 115,1 mil unidades comercializadas no estado, expansão de 23% no comparativo anual.

Também Goiás e Mato Grosso, que têm grande força no agronegócio, ganharam participação de mercado no ano passado. com altas de 9% e 12%, respectivamente.

Ao divulgar os números do setor na semana passada, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, informou que a entidade continua mantendo contatos com o Estado de São Paulo para mostrar que o ICMS maior acaba gerando perdas de venda e, na esteira, de arrecadação.

“A volta da alíquota do ICMS para os 12% vigentes até 2019 está prevista só para o ano que vem”, lembra o executivo. “Mas estamos tentando antecipar a medida para este ano. A carga tributária incidente no setor continua sendo uma das maiores do mundo e qualquer variação para cima, como a ocorrida em São Paulo, reflete diretamente nas vendas”.


Foto: Pixabay

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Brasileiros já compraram 2 milhões de veículos leves em 2024

Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano

% dias atrás

Alckmin recebe CEO global da Honda

Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…

% dias atrás

Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina

AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran

% dias atrás

Honda mexe bem pouco na família City 2025

Sedã e hatch ganham mais no conteúdo do que na forma

% dias atrás

Picape que vende mais que carro no Brasil atinge 2 milhões de unidades

Lançada em 1998, Strada segue líder em emplacamentos este ano

% dias atrás

XCMG lançará na Fenatran caminhão leve elétrico

Modelo E3-10T coloca a marca chinesa na disputa do mercado de entregas urbanas no País

% dias atrás