“Quando decidimos produzir a nova geração, fomos atrás da história e origem dessa picape, que sempre foram marcadas por pioneirismos e inovações.” Assim Antonio Filosa, Presidente da Stellantis na América do Sul, explica o que levou a Nova Strada a resultados sem precedentes no mercado interno.

É difícil, mesmo, enumerar uma única razão para um produto que domina seu segmento há mais de duas décadas e que, com exatos 109.107 licenciamentos, encerrou 2021 como o veículo mais vendido do Brasil. É a primeira vez na história de sete décadas de produção local da indústria automobilística que um comercial leve, picape ou não, atinge o lugar mais alto no ranking de vendas.

Esse título, por si só, já bastaria para assegurar que a Nova Strada nada mais é do que outro — dentre muitos — passo certeiro da Fiat nessa trajetória iniciada em 1998, quando a primeira geração da picape chegou às revendas, ainda derivada do Palio, primeiro carro mundial da marca lançado dois anos antes.

De lá para cá, foram negociadas aqui mais de 1,65 milhão de unidades, além de outras dezenas de milhares exportadas, inclusive sob a marca Ram. Nesse período a Strada tem, digamos, carregado o segmento e as concorrentes na própria caçamba, tamanha é sua hegemonia na preferência dos consumidores e, por decorrência, nas vendas.

E, importante frisar, um domínio que se torna cada vez maior. No ano passado, o modelo da Fiat respondeu por 79% dos emplacamentos de picapes pequenas no País, segundo classificação da Fenabrave. Na prática, de cada 10 unidades vendidas, 8 foram da Strada, uma liderança jamais registrada por qualquer outro produto e também o maior índice alcançado na história do modelo.

Apesar dos esforços da concorrência, muitas vezes seguindo as tendências e adotando soluções surgidas com a própria Strada, a participação da picape Fiat só cresceu na última década – quase dobrou! Em 2011, por exemplo, deteve 47% de participação no segmento, 20 pontos porcentuais a mais do que da então segunda colocada. No ano passado, essa vantagem chegou a incríveis 60 pontos!!

Vale pontuar que desde 2017, particularmente, a participação da Strada vem em ascensão, mesmo considerando o fim do ciclo de vida da primeira geração. Era de 49% naquele ano, passou a 53% em 2018, 58% em 2019 e a 68% em 2020, quando foi lançada a Nova Strada, um produto totalmente novo e, fazendo jus ao DNA da picape, mais uma vez ditando tendências.

A segunda geração apresentou aos brasileiros a primeira cabine de quatro portas em uma picape compacta nas versões topo Volcano e intermediária Freedom. Já no fim do ano passado, também passou a dispor de câmbio automático CVT.

Com esses novos confortos, diz Herlander Zola, diretor da Fiat para a América Latina e Operações Comerciais Brasil, a marca procura responder a anseios manifestados já há tempos por muitos dos consumidores da picape e atrair novos clientes, que antes enxergavam no,  até então e natural, acesso limitado ao banco traseiro um empecilho para a utilização como veículo familiar e de lazer.

De fato, a exemplo de sua irmã maior, a Toro, a Nova Strada se aproximou em muito de um automóvel de passeio, sobretudo em  conforto, tecnologias de segurança e conectividade. A transmissão CVT, com opção de troca manual por meio de borboletas no volante ou na alavanca de câmbio, é apenas um dos recursos que aprimoraram o modelo na linha 2022.

A Ranch, nova versão topo de gama lançada em dezembro, tem, por exemplo, faróis em LED, painel interno em dois tons, revestimentos em couro, multimídia com tela de 7 polegadas, carregamento de celular por indução e quadro de instrumentos com tela de LCD.

Desde o lançamento da segunda geração, um ano antes, já eram oferecidos também controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, controle de tração E-Locker (TC+), quatro airbags para a cabine dupla, sensores de manobras, câmera de ré e sensor monitoramento da pressão dos pneus, dentre outros dispositivos  mais comuns em automóveis de passeio, alguns somente de segmentos superiores.

O desempenho comercial  em 2021 atesta que a resposta da Fiat ao mercado com a Nova Strada foi bastante assertiva. As 109,1 mil unidades negociadas representaram crescimento de 36% sobre os licenciamentos do ano anterior, quando a nova geração esteve à venda somente a partir do segundo semestre.

 

 

Na mesma comparação, as vendas do segmento passaram de 117,6 mil para 138 mil, um índice de crescimento de 17%, menos da metade do alcançado pelo modelo da Fiat.

O mix de vendas de versões é uma segunda prova de que a Fiat foi novamente feliz ao apostar na nova configuração de carroceria. As versões de quatro portas rapidamente chamaram a atenção dos clientes e já respondem por 47% dos licenciamentos. Ou seja, uma de cada duas Strada vendidas é claramente voltada mais ao lazer.

As quatro portas também asseguraram às versões mais sofisticadas maior peso nas vendas. “Na geração anterior, a versão superior representava 5% das vendas da Strada. Agora a Volcano cabine dupla responde 20% e a Freedom cabine dupla por outros 15%. Mudou a percepção”, destacou Zola.

Mas não é só esse perfil que agora enfatiza também o uso como veículo de passeio que fez da Strada líder inconteste de vendas  de todo o mercado interno no ano passado. Com seis versões de acabamento, duas delas com cabine simples Plus e claramente voltadas ao trabalho — a de entrada, Endurance, com motor 1.4 —, o modelo tem a preferência de públicos distintos.

Mais de 85,5 mil unidades, 78% do total, foram negociadas pelo sistema de vendas diretas, ou seja, adquiridas por pequenos comerciantes, empresas e até por produtores pela modalidade de compra barter trade – do inglês, troca ou permuta –, criada no ano passado e que permite o pagamento do veículo em grãos, como soja, por exemplo.

Se o volume de vendas que corresponde a um terço de todas as picapes vendidas no País e a participação recorde ratificam o prestígio da Nova Strada no Brasil, o modelo ainda se destaca pelas muitas premiações que recebeu no transcorrer de 2021.

A picape conquistou, por exemplo, o Prêmio Visão Agro Brasil e o Trend Cars, foi eleita a melhor picape pequena no Carsughi L’Auto Preferita e o “Vehículo Comercial del Año” pela PIA, Periodistas de la Industria Automotriz,  na Argentina, além de vencer a categoria “Marketing Communication – B2C”, do AutoVision Awards, International Automotive Film and Multimedia Festival, o primeiro case brasileiro a levar o troféu.

Não será por falta de argumentos, portanto, que a picape deixará de seguir, em 2022, na ponta da preferência dos consumidores, cada vez mais antenados com inovações, algo que a Strada carrega em seu DNA desde sempre.


Foto: Divulgação

ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!