Ao contrário do mercado de automóveis e comerciais leves, que começou 2022 com números inferiores aos do início de 2021, o de motocicletas registrou crescimento no comparativo interanual. As vendas totalizaram 89.865 unidades em janeiro, alta de 4,5% sobre as 85.832 comercializadas em idêntico mês do ano passado.

Em relação a dezembro, quando houve 112,4 mil emplacamentos, houve queda de 20,2%, movimento considerado natural em toda a virada de ano. “Faz parte da sazonalidade do período”, lembrou o presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr., destacando que o cenário de demanda no segmento de duas rodas segue positivo, visto serem os números deste ano melhores do que os de 2021.

Ele lembrou, no entanto, que alguns fatores já começam a preocupar, como o aumento das taxas de juros, que tem
provocado maior restrição para a concessão de crédito no mercado de motos. “A aprovação de financiamento, atualmente, gira em torno de 37% das propostas enviadas aos bancos. As vendas estão estabilizadas em um bom nível, mas a dificuldade de crédito e também da normalização da produção são questões para as quais estamos atentos”, comentou Andreta Jr.

A indústria de motos, instalada no Polo Industrial de Manaus, AM, não vem tendo problemas com falta de componentes no mesmo nível do enfrentado pelas montadoras de veículos leves e pesados. Mas o setor, segundo a Abraciclo, não tem conseguido ampliar a produção por causa das restrições impostas pela Covid-19, em especial as relativas ao distanciamento social, e também devido ao absenteísmo provocado pela variante Ômicrom

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Apesar dos números positivos deste início de ano, também houve redução no movimento das concessionárias de veículos duas rodas em função das fortes chuvas, que vêm ocorrendo em algumas regiões, e do aumento do contágio das pessoas, pela variante Ômicrom, “que tem afastado os consumidores das lojas”, segundo a Fenabrave.


 

Alzira Rodrigues
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