Com turbo flex, Jeep Renegade ganha mais fôlego para se manter líder

A Jeep lançou nesta quinta-feira, 10, a linha 2022 do Renegade, utilitário mais vendido no Brasil. Após seis anos, o modelo recebeu pequenas mudanças estéticas nos faróis, para-choques e lanternas e oferece mais recursos de segurança e conforto cde série.

Mas a grande novidade mesmo está nas aposentadorias do antiquado e gastão motor 1.8 flex e do 2.0 a diesel, substituídos por um único motor: o 1.3 turbo flex de quatro cilindros, conhecido do Compass, Commander e Fiat Toro. Sempre com este mesmo motor, batizado comercialmente de T270, o Renegade será vendido a partir de agora apenas nas versões 4×2 Sport e Longitude e nas 4×4 a “S” e Trailhawk. Os preços partem de R$ 123.990 e chegam a R$ 163.990,00.

Com o  novo motor, que desenvolve 185 cavalos com álcool,  a Jeep contorna as muitas reclamações de falta do antigo 1.8 aspirado e adequa o Renegade à nova fase do programa nacional de emissões.

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O novo propulsor vem acoplado ao câmbio de 6 velocidades nas versões com tração 4×2. Nas 4×4, ao de 9 marchas, que contam com seletor no painel para os modos de condução Snow, Mud e Sport. A Trailhawk — topo de gama ao lado da S, mas mais direcionada para o off road — tem ainda o modo Rock, específico para terrenos pedregosos.

Caberá a essa versão atrair o público que antes buscava o Renegade 4×4 a diesel. Segundo Everton Kurdejak, diretor de operações comerciais da marca no Brasil, não se trata de um grande desafio, já que a antiga Trailhawk representava somente 8% das vendas do modelo, que já acumula 380 mil unidades negociadas desde que chegou às revendas, no fim de 2015.

Com a “S” e a Trailhawk, agora, a Jeep projeta que a tração 4×4 esteja em pelo menos 30% ou até 40% dos Renegade vendidos no mercado interno. “Criamos uma opção ainda mais eficiente e capaz, além de democratizar o acesso ao 4×4”, diz o executivo, enfatizando que o preço de R$ 163.990,00 da nova Trailhawk  é quase R$ 20 mil menor do que da versão a diesel, cujo motor era importado.

Versões e preços

Sport 4×2 – R$ 123.990,00
Longitude 4×2 – R$ 138.990,00
Série S 4×4 – R$ 163.990,00
Trailhawk 4×4 – R$ 163.990,00

Kurdejak entende que o fato de a versão de entrada Sport custar  agora a partir R$ 123.990,00, algo como R$ 14 mil a mais do que a anterior, se justifica pelo ganho na oferta de tecnologias e equipamentos. “O Renegade subiu de patamar”, afirma.

Já a partir da Sport, na linha 2022 os faróis passam a ser em Full Led e há controle de tração, freio de estacionamento eletrônico e sistema start-stop. Na Longitude e versões superiores, as marchas podem ser trocadas por meio de borboletas, o quadro de instrumentos é digital, a central multimídia, maior, com 8,4 polegadas, e o carregamento de celular é wireless.

Todas as versões têm frenagem automática de emergência, monitoramento de faixa de rolagem, reconhecimento de placas e detector de fadiga, um pacote bem interessante se comparado ao dos concorrentes mais diretos. Outras diferenciações entre as 4×2 e 4×4: seis airbags na Sport e Logintude e sete nas 4×4, que ainda dispõem de sensor de ponto cego, assistente de estacionamento e faróis alto automáticos, dentre outros recursos de série.

Um primeiro lote de 4,5 mil unidades do SUV estará nas revendas no transcorrer deste mês e março. A Jeep garante  os preços de lançamento e condições comerciais — como desconto de 8% no caso de vendas diretas — para pelo menos as 11,5 mil unidades do SUV  que serão entregues nas revendas nos próximos 3 meses. Um primeiro lote de 4,5 mil chega imediatamente e até março.

A marca não revelou qual sua projeção de vendas para o modelo em 2022. Mas é certo que não pretende vê-lo em outra posição que não a de líder entre os SUVs no Brasil. No ano passado, 73,9 mil Renegade foram licenciados, 11% do segmento.

Seu concorrente mais próximo foi o também Jeep Compass, com 70,9 mil, 10,6% de participação. Considerando ainda o recém-lançado Commander, que acumulou 3,7 mil unidades,  a marca liderou fácil o segmento, 22% de participação.

Foto: Divulgação

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George Guimarães

Jornalista com passagens por jornais, revistas, tevê e assessoria de imprensa, é especializado na cobertura do setor automotivo há trinta anos, período em que já viu (quase) de tudo da indústria, seus produtos, mercado, cadeia produtiva, tecnologias e políticas industriais.

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