A Iveco começa o ano em que completa 25 anos de atividades no Brasil com novo ciclo de investimento de R$ 1 bilhão até 2025 nas operações da América Latina. A maior parte do aporte será aplicado em produtos (60%), mas também seguirá para serviços, rede de atendimento, processos industriais e no desenvolvimento de fornecedores em vista a localizar produção de mais componentes.
Agora sob nova realidade corporativa, integrante do Iveco Group, estabelecido no início do ano a partir da separação da CNH Industrial, a marca ganhou mais independência e força para atuar.
Breve retrospectiva dá ideia da dimensão do período que se inicia para a empresa. O ciclo de investimento anterior data de 2016 com um aporte de R$ 650 milhões e, posteriormente, acrescido com R$ 120 milhões, em 2017, para ser concluído no primeiro semestre de 2019.
“Não foi um convencimento fácil, mesmo porque o histórico de alto e baixo do segmento de veículos comerciais na região não favorece”, contou Márcio Querichelli, presidente da Iveco na América Latina, durante anúncio do investimento na tarde de quinta-feira, 10. “A região, no entanto, é a que apresenta o maior potencial de crescimento.”
O investimento anunciado surge em momento positivo da Iveco, no qual registra crescimento contínuo nos últimos anos. Somente no segmento de caminhões, a marca cresceu no ano passado perto de 70% enquanto a média do mercado total contabilizou alta de 43,5%. Em chassi de ônibus, a expansão nas vendas também foi de quase 69%, em mercado que encerrou o período praticamente estável, com leve aumento de 0,9%.
O ritmo da produção na fábrica de Sete Lagoas (MG) também mais que dobrou, em um recorde dos últimos 11 anos. A unidade superou 22 mil veículos produzidos em 2021 e, segundo Querichelli a estimativa é fazer aos menos 30 mil em 2022. “Estamos satisfeitos com o progresso da marca, mas ainda longe dos objetivos que queremos alcançar. E certamente deveremos dar mais salto com o novo ciclo.”
Nos planos estratégicos da marca em futuro próximo estão contemplados compromissos obrigatórios, como a conclusão do desenvolvimento das tecnologias pela cumprir a partir de janeiro de 2023 as novas restrições de emissão do Proconve.
Por outras frentes, no entanto, a fabricante tem programado projeto de produção de ônibus e caminhão pesado movido a gás natural em Sete Lagoas, uma nova geração de cabines, a expansão da rede, lançamento de 2 mil itens de peças de reposição Nexpro nos próximos dois anos e contabilizar entre 60% e 70% o índice de conteúdo nacional em seus produtos.
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Foto: Iveco/Divulgação
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