Mercado segue afetado pelo cenário conjuntural, de perda de renda e seletividade de crédito
Embora tenham ficado estáveis no comparativo de fevereiro com janeiro, as vendas de veículos usados estão bem aquém das realizadas no início de 2021. Foram comercializados 1,22 milhão de automóveis e comerciais leves no acumulado do primeiro bimestre, um recuo de 30% em relação ao total de 1,74 milhão do mesmo período do ano passado.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 9, pela Fenabrave, a entidade que representa os concessionários autorizados de todo o País. O segmento movimentou em fevereiro 607 mil unidades, volume 1,1% inferior ao de janeiro (614 mil).
Se forem considerados todos os veículos usados, incluindo-se, assim, caminhões, ônibus, motos e implementos, as vendas atingiram 1,68 milhão de unidades no bimestre, uma queda de 28,% em comparação com os dois primeiros meses de 2021 (2,34 milhões).
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O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., diz que a redução do IPI dos veículos 0 km pode favorecer o mercado de usados a parptir de agora. “Parte desse mercado é impulsionada pela venda de novos, visto ser comum os compradores negociarem seus veículos usados como parte de pagamento de um 0 km”, lembrou o executivo.
De qualquer forma, Andreta admite que os negócios no setor automotivo seguem afetados pelo cenário conjuntural, de perda de renda das famílias e seletividade de crédito, o que pode impedir uma retomada.
No cômputo geral do mercado de usados, a Fenabrave destaca o segmento de ônibus, que teve uma alta de mais de 28% em fevereiro sobre janeiro e no acumulado do bimestre registra pequena queda de 1,8%.
No segmento de automóveis e comerciais leves, os modelos seminovos, aqueles com até 3 anos de fabricação, corresponderam a quase 10% do total de transações de fevereiro. No acumulado, a participação desses
veículos foi de 9,6%.
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