A Cummins dá passos largos em sua estratégia de liderar soluções baseadas em tecnologias de hidrogênio por meio de desenvolvimento de extenso portfólio. No contexto, além das células de combustível, a empresa enxerga os eletrolisadores, os dispositivos para produção do hidrogênio, parte importante não só no negócio da companhia, mas também como impulsionadores para alcançar a neutralidade em carbono.
A confiança da empresa se sustenta no processo mais sustentável que permite a eletrólise da água na produção de hidrogênio a partir de fonte de energia limpa, como solar, eólica ou hidroelétrica, em substituição ao gás natural, como hoje quase a totalidade de 70 milhões de toneladas de hidrogênio são produzidas.
A Cummins já conta a fornecimento de eletrolisadores para 50 postos de abastecimento de hidrogênio em todo o mundo. Além de produzir em série o dispositivo, a companhia prepara um dispositivo de 20 megawatts para Béncancour, no Canadá, que será o maior do mundo quando entregue.
“As projeções da empresa mostram que apenas o negócio de eletrolisadores da Cummins terá receitas anuais de aproximadamente US$ 400 milhões até 2025, com a demanda impulsionada pela transição do hidrogênio cinza para o verde”, estima Tom Linebarger, presidente e CEO da Cummins.
A expectativa é de que o preço dos eletrolisadores diminua e, assim, como efeito dominó, promover disponibilidade de hidrogênio verde a custos menores e impulsionar as células de combustível no transporte, máquinas e geração de energia.
“A Cummins é única porque nosso portfólio tem produção de hidrogênio por eletrólise e células de combustível, o que nos permite oferecer uma solução completa, integrada e diferenciada do início ao fim”, resume Amy Davis, vice-presidente e presidente da Unidade de Negócios New Power.
Embora ainda seja uma janela para o futuro, a Cummins já tem participação considerável em diversos projetos baseados em hidrogênio ao redor do mundo. As células de combustível da companhia está presente no primeiro trem de passageiro movido com a tecnologia na Alemanha, o Coradia iLint, da Alstom. Até 2025, a empresa espera enviar fornecer sistema para pelo menos 100 trens, principalmente na Europa.
Os caminhões elétricos de lixo da alemã FAUN, fabricante de compactadores e varredores, também já rodam com células de combustível da Cummins. Na Asko, a atacadista de alimentos da Noruega, quatro caminhões elétricos da Scania receberam tecnologia a hidrogênio da da companhia, bem como 60 ônibus em Zhangjiakou, na China.
Por outra frente, parceria com a Navistar desenvolve um caminhão classe 8 movido a células de combustível de hidrogênio. O caminhão será integrado à frota de mais de 7,7 mil tratores da Werner Enterprises para serviço local e regional na Califórnia.
“Embora saibamos que a ampla adoção de soluções de células de combustível neutras em carbono levará tempo, a Cummins já está aproveitando a oportunidade agora. A solidez financeira de nossa empresa nos dá a capacidade de investir e desenvolver um amplo portfólio de tecnologias em diesel avançado, gás natural, híbrido leve e pesado, bateria elétrica e células de combustível que levarão o mundo em direção a um futuro neutro em carbono”, finaliza Linebarger.
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Foto: Cummins/Divulgação