Se existisse um ranking das marcas de automóveis mais discretas do mercado brasileiro, seja em vendas ou em divulgação de sua imagem, com certeza a Subaru estaria entre as líderes, se não no primeiro lugar. Importadas pelo Grupo Caoa, apenas poucas centenas de seus três modelos japoneses chegam às ruas daqui a cada ano. No ano passado, por exemplo, foram cerca de 400 somente.
E não se trata de limitação imposta pelo preço de seus produtos. Segundo o site da marca, o New XV custa a partir de R$ 174,9 mil, o New Forester S desde R$ 198,9 mil e o esportivo WRX STI parte de R$ 308,9 mil, valores condizentes com os segmentos que disputam e, por conta disso, naturalmente próximos dos concorrentes que, apesar disso, vendem muitíssimo mais.
Não há, de fato, o porquê esperar muito mais das vendas da Subaru aqui. Se assim fosse, o Grupo Caoa, importador oficial da marca desde a segunda metade da década 1990, teria multiplicado o número de revendas e especialmente investido largamente em ações de marketing e publicidade, estratégia recorrente para outras marcas que comercializava e que, posteriormente, até passou a produzir localmente, como Hyundai e Chery.
Passadas quase três décadas da gestão Caoa, a Subaru conta com somente 5 concessionárias — três no estado de São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma no Distrito Federal —, cabendo a pontos assistenciais a cobertura de pós-venda no restante do País. E é essa diminuta rede que já comercializa com o SUV forester e o croosover XV dotados de motorização híbrida.
Batizada de e-Boxer, combina o tradicional motor a gasolina de cilindros opostos da marca e a assistência de um pequeno motor elétrico de 12,3 kW e torque de 66 Nm em certas situações de direção, como no momento que o veículo sai da imobilidade ou em médias velocidades. Em baixas velocidades, como em manobras, os veículos podem rodar apenas com o uso da eletricidade.
O Grupo CAOA diz que a importação de modelos híbridos a partir de agora “alinha a estratégia global da Subaru com o plano de eletrificação da CAOA”, mas lembra também que motores híbridos, além de menores níveis de consumo de combustível e de emissões, têm ” isenção total ou parcial do IPVA em diversos estados brasileiros”.
Forester e XV têm motor a combustão de 2 litros aspirado de 150 CV e, com o suporte do motor elétrico, melhorou sua eficiência energética. O consumo urbano foi reduzido em 11%, informa o importadora partir de dados do Inmetro. No caso so XV, a economia foi maior no trânsito da cidade: 19%.
A economia, entretanto, tem um preço: as versões e-Boxer dos dois veículo custam, respectivamente, R$ 223.900,00 e R$193,9 mil. Mas também agregam alguns aprimoramentos e recursos, como grade dianteira com controle de abertura automática, para otimização do comportamento aerodinâmico, e a quarta geração do EyeSight, sistema que utiliza câmeras ecom maior campo de visão e novo software de reconhecimento de imagem.
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A Subaru também enfatiza o aprimoramento de vários sistemas de auxílio à condução, como assistente de frenagem de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, centralização na faixa de rodagem, alerta de saída de faixa, além da adição da direção autônoma de emergência.
O Forester e-Boxer conta com sistema de reconhecimento facial de até cinco condutores, ajustando automaticamente as configurações individuais das posições do banco, dos espelhos externos, do ar-condicionado e do computador de bordo de acordo com a preferência de cada um deles.
Foto: Divulgação
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