A Tesla finalmente lançou âncora na Europa. Nesta terça-feira, 22, Elon Musk, polêmico bilionário norte-americano dono da montadora, fez parceria com o chanceler alemão Olfa Scholz para inaugurar sua primeira fábrica no continente. Localizada na cidade de Gruenheide, Alemanha, a planta custou algo ao redor de € 5 bilhões, investimento elevado até mesmo para os padrões europeus.
O complexo produtivo, que começou a ser construído há cerca de dois anos em meio a complicações burocráticas e vários questionamentos, abrigará também uma área dedicada ao fornecimento das baterias e poderá produzir, quando estiver em plena capacidade, em 2025, até 500 mil carros por ano e gerar 50 gigawatts-hora (GWh) de energia de baterias. Nesse momento, deverá ter quadro de aproximadamente 12 mil trabalhadores, quase quatro vezes maior do que em 2022.
Gruenheide nasce já como a terceira maior planta da Tesla, atrás somente das unidades de Fremont, na Califórina, e Xangai, na China, inaugurada há apenas dois anos. Inicialmente, sairá das linhas de montagem alemãs o Model Y.
As primeiras 30 unidades foram entregues aos consumidores pessoalmente por Musk nesta terça-feira, que dançou durante a cerimônia de inuaguração enquanto manifestantes ocupavam as imediações para protestar contra a instalação da fábrica e potenciais prejuízos ao meio ambiente.
A Tesla tem 13% do mercado de elétricos na Europa. A líder, a alemã Volkswagen, quase o dobro, 25%. A capacidade instalada em Gruenheide, porém, mostra a disposição da montadora alemã de avançar nas vendas.
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Em todo o mundo, a Volkwagen vendeu cerca de 450 mil elétricos no ano passado, menos do que a nova planta da Tesla poderá estar produzindo anualmente daqui a três anos. Com a fábrica alemã, a empresa se encaminha para alcançar capacidade produtiva global da ordem de 2 milhões de unidades.
Em 2021, mesmo com enfrentamento da falta de chips, a marca americana vendeu pouco mais de 900 mil veículos mundialmente, 87% a mais do que no ano anterior e seu melhor resultado histórico. Deteve, portanto, mais de 20% dos cerca de 4,2 milhões de veículos elétricos a bateria negociados em todo o planeta e que equivaleram à participação de 6,2% do mercado total, o dobro da registrada um ano antes.
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