Modelo deixará de ser produzido este ano, assim como seu irmão Voyage, que acumula 788 licenciamentos
Em março, com 1.193 unidades, o Gol foi somente o 32º veículo mais vendido no mercado interno, considerando carros de passeio e comerciais leves. Após os três primeiros meses de 2022, o desempenho comercial do hatch da Volkwagen não é muito melhor: ele aparece somente na 20ª posição e 6,3 mil licenciamentos.
Embora possam aterrorizar os admiradoress mais fiéis, esses números não são surpresa alguma. Estão mais para “bola cantada” pela propria montadora. O mais longevo automóvel de passeio do Brasil, na verdade, cumpre seus últimos dias em linha, assim como seu irmãosedã compacto, Voyage. Por conta das crescentes exigências técnicas de segurança e, ainda mais, dos futuros limites de emissões, a Volkswagen deixará de produzi-los este ano.
O próprio presidente montadora para a América do Sul e Central, Pablo Di Si, antecipou a decisão ainda no fim do ano passado, quando anunciou também o cicloe de instimentos de R$ 7 bilhões para o período 2022 a 2026.
De la para cá, a Volkswagen vem preparando todas as merecidas pompa e circustâncias para a aposentaria do carro lançado em 1980 e que durante quase três décadas foi o mais vendido do Brasil. E já tirou do catálogo, em fevereiro, as versões 1.6 dos dois modelos.
Seu substituto imediato também já é sabido e, por enquanto, atende pelo nome de Polo Track. Com previsão de chegar às ruas em 2023, será o primeiro modelo de uma nova família de compactos montados sobre a já bastante conhecida plataforma MQB. O próprio nome indica tratar-se de variação simplificada do atual Polo, exatamente para poder competir como o produto de entrada da marca, papel naturalmente herdado do Gol.
A montadora ainda não revelou o dia nem mesmo o mês em que a última unidade do hatch será fabricada e, como de costume, merecedora de foto ao lado de executivos e funcionários da linha de montagem. Mas, pelo caminhar das vendas do primeiro trimestre, a data deve estar bem mais próxima do que muitos imaginam.
Ainda que no acumulado de janeiro a março o mercado tenha recuado 25% e — impactada também pela paralisação de vários dias de suas fábricas — a Volkswagen ainda mais, 56%, o tombo das vendas tanto do Gol como do Voyage está muito além dessas curvas.
No caso do hatch, que há um ano era o 6º veículo no ranking dos mais vendidos, com 19 mil unidades licenciadas, foi de 67%! Já os licenciamentos do sedã passaram de 8 mil para somente 788 — sendo 121 em março —, 90% a menos, portanto!
Vale a comparação: os emplacamentos do T-Cross, atual VW mais vendido, se mantiveram estáveis no mesmo período avaliado e os do Nivus, outro representante da marca entre os SUVs, o segmento “da vez” do mercado brasileiro, diminuíram 35% a menos.
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