A Honda detalhou nesta terça-feira, 12, em Tóquio, seus investimentos globais em eletrificação e tecnologias nos próximos dez anos. A montadora estima que desembolsará US$ 64 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e produção de novos veículos no período. O CEO Toshihiro Mibe revelou que serão lançados 30 modelos elétricos em todo o mundo até 2030, quando a empresa espera estar produzindo 2 milhões de unidades anualmente.
Os recursos, porém, beneficarão todos os segmentos do grupo, que, além de automóveis, envolvem motocicletas, motores de popa, fontes de energia e até aeronaves. A ideia é alcançar a neutralidade de carbono em todas as atividades até 2050.
Para isso, a Honda pretende lançar mão de um variado cardápio de tecnologias para alcançar a mobilidade limpa sobretudo em automóveis, como, por exemplo, baterias intercambiáveis e hidrogênio.
Mas não descarta a continuidade de modelos híbridos, que, segundo a empresa, terão espaço especialmente em países emergente e regiões nas quais a infraestrutura de recarregamento crescerá mais lentamente. “Este não é o fim dos híbridos ou a substituição deles por elétricos puros”, assegurou Mibe.
A partir de agora, as áreas de tecnologia do grupo, antes separadas para automóveis, motos e produtos de energia, estão sob a recém-criada unidade de Operações de Desenvolvimento de Negócios.
A Honda pretende intensificar esforços para a produção baterias de estado sólido que estão em desenvolvimento e equiparão os veículos com previsão de lançamento na segunda metade da década, quando a empresa colocará em linha também a e:Architecture, exclusivamente dedicada a veículos elétricos e que combina plataformas de hardware e de software.
Alguns modelos, entretanto, serão lançados antes. Em 2024, chegarão aos mercados da América do Norte dois SUVs elétricos puros desenvolvidos em conjunto com a GM — de quem a montadora também adquirirá as baterias Ultium: o Honda Prologue e um outro com a marca Acura. Até 2027, a China terá nada menos do que 10 elétricos, enquanto no Japão debutará o primeiro modelo mini-elétrico em 2024 por preço estimado de US$ 8 mil.
A parceria com a GM, afirma a Honda, resultará ainda em veículos elétricos a serem lançados na América do Norte em 2027 e com custos tão competitivos quanto os movidos a gasolina.
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