Há exatos sete anos, precisamente em 28 de abril de 2015, era inaugurada, com toda pompa e circunstância, a fábrica da Stellantis de Goiana, PE. O então Polo Automotivo Jeep nasceu como a primeira planta da marca norte-americana fora dos Estados Unidos e consumiu algo como R$ 7 bilhões, metade nas instalações e o restante em produtos e na criação de parque local de fornecedores.

Toda a estrutura do complexo, estimava à epoca a FCA (Fiat Chrysler Automóveis), poderia assegurar produção anual de 250 mil veículos. Com um mercado instável e em forte queda particularmente nos últimos dois anos, essa capacidade nunca foi atingida, mas  ficou no para lá de satisfatório patamar de 171 mil unidades anuais.

Em 7 anos, portanto, saíram das linhas de montagem pernambucanas mais de 1,2 milhão de automóveis e comerciais leves. Ao primeiro modelo, o Renegade, se somaram outros dois veículos da Jeep: o Compass, que acaba de ultrapassar 350 mil unidades fabricadas, e o topo de linha Commander, apresentado no segundo semestre do ano passado.

Mais: também um Fiat, a picape Toro, líder do mercado interno e um dos maiores sucessos das quase cinco décadas da marca italiana aqui.

No primeiro trimestre de 2022, os quatro veículos montados em Pernambuco somaram 40,3 mil licenciamentos, 33% de todos os automóveis e comerciais leves das cinco marcas da Stellantis vendidos no mercado interno .

Somados os quadros de todos as empresas instaladas no site, são mais de 13 mil funcionários abrigados na montadora e também em  16 fornecedores. A ideia é que esse número cresça nos próximos anos. A Stellantis encaminha investimento de R$7,5 bilhões até 2025, recursos que contemplarão novos produtos, a atração de mais empresas de componentes para o polo e região e o desenvolvimento de sistemas de produção.

O complexo, assegura a Stellantis, é o primeiro multiplantas a alcançar neutralidade em emissão de carbono na América Latina e tem, desde que iniciou sua operação, todos os resíduos da produção encaminhados para tratamento e correta destinação. O índice de reciclagem de resíduos no polo é de 99,98% e de 99,5% para o reúso da água do ciclo industrial.

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Cabe à dupla Renegade e Compass a maior parte dos veículos fabricados ao longo desses sete anos e também o sucesso comercial da marca, que desde a inauguração da planta coleciona participações crescentes no mercado interno. Se em 2016, primeiro ano cheio de produção em Pernambuco, a Jeep deteve 3,5% do segmento de automóveis, chegou a 9,5% no ano passado e a 10% no primeiro trimestre de 2022.

De janeiro a março foram negociados no Brasil 14,3 mil Compass, 11,1 mil Renegade e 4,9 mil Commander, 99,9% dos licenciamentos da marca e que garantiram a Jeep na sexta posição no ranking de vendas.


Foto: Divulgação

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