A indústria automotiva produziu 185,4 mil veículos em abril, nível bem próximo ao de março (184,4 mil), mas inferior em 2,9% ao do quarto mês de 2021. No quadrimeste, saíram 681,6 mil unidades das linhas de montagem das montadoras, um recuo de 13,6% no comparativo com o mesmo contra 788,7 mil.
Ao divulgar os dados de abril, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, revelou que 14 fábricas – das 59 existentes no País – tiveram de suspender temporariamente a produção este ano por causa da falta de semicondutores, razão da queda na produção e também nas vendas em 2022. Ele lembrou que no início do ano passado já havia crise de abastecimento, mas não tão alarmante como a atual.
De acordo com o executivo, a média diária de venda chegou a 7.750 unidades em abril, “a melhor desde dezembro”. Em março tinha sido de 6.991 veículos. No quadrimestre, contudo, o mercado interno teve queda de 21,4%, com apenas 553 mil emplacamentos.
“Os resultados seriam melhores se não fosse a persistente limitação de oferta provocada pela crise dos semicondutores”, comentou Leite, destacando que apesar da inflação e da alta dos juros, o setor ainda identifica uma demanda reprimida no varejo e, principalmente, das locadoras. Conforme dados divulgados na semana passada, o setor deixou de produzir 100 mil veículos este ano por causa da falta de componentes, 60 mil devido à escassez de chips.
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O segmento com melhores resultados é o das exportações. Foram embarcadas 153 mil unidades no quadrimestre, alta de 17,9% sobre o mesmo período de 2021. As vendas para o exterior e, principalmente, o bom momento do agronegócio foram decisivas para o aumento do quadro de mão de obra no setor, que encerrou abril dom 104,7 mil trabalhadores.
“Tivemos 1,9 ml contratações desde janeiro, a metade por parte dos fabricantes de máquinas agrícolas e de construção”, revelou Leite.
Foto: Divulgação/VW
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