Em evento para investidores ocorrido em Södertälje, na Suécia, o Grupo Traton revelou metas ambiciosas para o desempenho financeiro da companhia no curto prazo e o planejamento de como alcançar os objetivos. No plano de voo, ainda consta a introdução de maneira gradual de um sistema modular que será compartilhado entre todas as marcas do grupo.

A estratégia prevê que as controladas Navistar, MAN, Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus utilizem mais componentes e peças em comum, em especial no trem de força, cabine, softwares e chassi. Caberá às marcas preservar e fortalecer identidade e ofertas de produtos próprias.

A peça-chave da sinergia é o CBE (Common Base Engine), uma nova geração de motor de 13 litros – e último a combustão do Grupo – lançado pela Scania no fim do ano passado e desenvolvido com a colaboração da MAN. A companhia acredita que a padronização promoverá os recursos necessários para apoiar a transição para a mobilidade elétrica. Ao mesmo tempo, encaminha desenvolvimento de outra plataforma única, a ACE, para veículos autônomos, conectados e eletrificados.

“A colaboração aprimorada no Grupo com base em uma aplicação inteligente de modularização, também permitirá ganhos de eficiência e amortecerá os investimentos necessários e custos mais altos de tecnologias futuras, como transmissões elétricas e direção autônoma”, resume em nota Christian Levin, CEO do Grupo Traton. “Interfaces padronizadas permitirão troca de tecnologia muito mais rápida. Seremos capazes de usar soluções idênticas para as mesmas necessidades e, assim, atingir o máximo foco no cliente e preços máximos.

Enquanto busca mais sinergias, o Grupo Traton também traça maiores parâmetros de rentabilidade. Apoiado sobre metas de maiores volumes, novos mercados, especialmente América do Norte e China, além de crescimento em serviços, a corporação com um todo espera obter 9% de retorno sobre as vendas até 2024.

Cada uma das marcas encaminhará suas próprias metas baseadas em suas forças e competências individuais. “Com nossas quatro marcas fortes e suas estratégias de crescimento claramente definidas, buscamos metas ambiciosas de lucratividade. Garantimos a competitividade futura da Traton com investimentos direcionados em componentes comuns, novos modelos de negócios e novas tecnologias, mantendo uma alta disciplina de custos”, finaliza Annette Danielski, CFO do Grupo Traton.

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Foto: Grupo Traton/Divulgação

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