O Hyundai Motor Group, HMG, anunciou expansão de investimentos nos Estados Unidos. O conglomerado sul-coreano planeja desembolsar mais de US$ 10 bilhões para acelerar vários programas de mobilidade e a eletrificação de seus veículos até 2025.
Esta semana, a empresa definiu, por exemplo, que US$ 5,54 bilhões serão encaminhados para as primeiras instalações industriais dedicadas à produção de novos veículos elétricos e baterias no Estado da Geórgia. Com esse reforço produtivo, Hyundai entende que poderá ser um dos três maiores fabricantes de veículos elétricos dos Estados Unidos já em 2026.
A futura unidade, projeto que pode gerar mais de 8 mil postos de trabalho, tem previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2025, com capacidade anual de 300 mil automóveis. Segundo a Hyundai, a fábrica adotará linhas de montagem inteligentes, altamente conectadas, automatizadas e flexíveis, além de contar principalmente com fontes de energia renovável.
“Estamos nos preparando para o nosso futuro”, disse Euisun Chung, presidente executivo do Hyundai Motor Group, após reunião com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, na Coreia do Sul. A Hyundai planeja vender 3,2 milhões de veículos elétricos em todo o mundo anualmente até 2030.
Boa parte dos recursos nos Estados Unidos será direcionada também a outras áreas da mobilidade, como a mobilidade aérea avançada, direção autônoma e inteligência artificial. Colaborarão para isso recente investimento do grupo na compra da Boston Dynamics e a Motional, parceria estabelecida em 2020 com Aptiv e que já testa serviço de robotaxi em vias públicas.
“O grupo apoiará a Motional para tornar a tecnologia sem motorista mais segura, confiável e acessível aos clientes nos Estados Unidos e em outras partes do mundo”, afirma nota da empresa.
O HMG também está desenvolvendo as tecnologias e infraestrutura na área de mobilidade aérea avançada. Por meio do braço Supernal, criado no ano passado e que tem sede na capital estadunidense Washington, a Hyunday quer integrar veículos aéreos nos deslocamentos urbanos. E rapidamente: o objetivo é ter o serviço comercial operacional em 2028.
A ideia é que os passageiros usem um único aplicativo – como as plataformas atuais de compartilhamento de viagens – para planejar sua jornada ao longo do dia, o que pode incluir a ida de carro ou de trem para um “vertiport”, lá pegar um eVTOL para se deslocar pelo ar até um ponto longínquo da cidade e, em seguida, usar um e-cooter para a última milha.
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Foto: Divulgação