Após quatro meses patinando, sem sinais concretos de recuperação, o mercado de veículos leves mostrou reação em maio, quando atingiu 175,6 mil emplacamentos, o melhor desempenho do ano e volume bem próximo ao do mesmo mês do ano passado (176,1 mil unidadaes), o que acontece pela primeira vez no ano. Com relação a abril, marcado por 137 mil licenciamentos, o crescimento chega a 28%.
Até então o comparativo interanual vinha sendo sempre negativo, tanto é que no acumulado do ano, com a comercialização de 689,2 mil automóveis e comerciais leves, o resultado indica decréscimo de 18% sobre os primeiros cinco meses de 2021, quando as vendas chegaram a quase 840 mil unidades.
Considerando o período janeiro a maio, as vendas deste ano ultrapassaram às de 2020 em 8%, conforme informações divulgada por uma fote do setor com base nos dados do Renavam. Apenas na quarta-feira, 2, a Fenabrave divulgará os dados gerais do mercado automotivo, incluindo caminhões, ônibus, motos, implementos e máquinas agrícolas. E só na terça-feira, 7, da próxima semana, a Anfavea promoverá coletiva para mostrar também dados de produção e exportação.[
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Certo é que, por enquanto, a crise dos semicondutores – que perdura há mais de um ano, afetando o setor mundialmente – deu uma desacelerada no último mês. Ainda tinha fábrica parada, caso da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP, mas nada similar ao que vinha ocorrendo até abril.
Segundo informações da Anfavea, pelo menos 14 fábricas de veículos suspenderam produção total ou parcialmente ao longo dos primeiros quatro meses por causa da falta se chips. A perda chegou a 100 mil veículos, incluindo leves e pesados. Até abril, a produção acumulada estava 13,6% abaixo do volume registrado em 2021. Além da produção baixa, o quadro econômico, com inflação e juros em alta, também vem prejudicando uma retomada mais consistente do mercado automotaivo.
Foto: Divulgação/Audi
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