Empresa

Por decisão judicial, Caoa Chery tem de readmitir pessoal de Jacareí

Sindicato dos Metalúrgicos informa que multa diária se não houver reintegração é de R$ 50 mil

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e os trabalhadores da fábrica da Caoa Chery em Jacareí, SP, comemoram nesta quarta-feira, 1, a decisão da Justiça do Trabalho de rejeitar, na véspera, o pedido da montadora para que fosse reconsiderada a suspensão das demissões realizadas emsua unidade industrial do interior paulista.

“Com isso, a empresa terá de reintegrar todos os trabalhadores e voltar a pagar seus salários”, informa o sindicato. “Se não cumprir a decisão, a Caoa Chery estará sujeita à multa diária de R$ 50 mil”.

Por meio de telegramas e e-mails, a fabricante de autompoveis demitiu os traballhadores de Jacareí no último dia 25 de maio, quando divulgou decisão de concentrar sua produção em Anápolis, GO, e adequar as operações da fábrica paulista para a produção, daqui a 3 anos, de veículos elétricos.

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Diante do ocorrido, o sindicato da região entrou com ação civil pública pedindo, e conseguindo, a suspensão das demissões, que, estima-se, atinge 580 trabalhadores. Nesta quarta-feira, 1, vai acontecer uma nova audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), sendo essa a é a terceira vez que a entidade sindical – que defende a abertura de layoff com mais três meses de estabilidade para todos os empregados – e a empresa se encontram em audiência de mediação.

O MPT chegou a propor em uma das audiências uma indenização social de 20 salários nominais a quem não quiser aderir ao layoff. Nenhuma das propostas foi aceita pela Caoa Chery. A fábrica de Jacareí foi construída pela montadora japonesa Chery que posteriormente a vendeu para o Grupo Caoa.

“Cada vitória nossa na justiça mostra que estamos no caminho certo. Conseguimos o apoio de diversas entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais. Já o poder público tem se mostrado omisso e irresponsável diante de uma situação tão grave quanto essa. Continuaremos pressionando os governantes para que impeçam o fechamento da fábrica”, afirma o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.


Foto: Divulgação/SMSJC/Roosevelt Cássio

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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