Sem acordo entre a Caoa Chery e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região na audiência realizada pelo Ministério Público do Trabalho na terça-feira, 7, novo encontro foi marcada para esta quinta-feira, 9, às 9h. O objetivo é definir termos que atendam, ao menos parcialmente, o pleito dos trabalhadores da fábrica de Jacareí, no interior paulista.
A Caoa Chery não comentou oficialmente sobre a proposta que apresentou aos tralhadores e nem os próximos passos que pretende tomar. Atendendo a decisão judicial, a empresa teve de suspender as demissões feitas no mês passado, após anunciar a suspensão temporária das operações da planta paulista no dia 5 de maio. A empresa alegou que precisava focar na produção de veículos eléticos e antes de 2025 não tinha projeto de voltar as oeprar em Jacareí.
O resultado da audiência da véspera está sendo apresentado para os trabalhadores na tarde desta quarta-feira, 8, em assembleia na subsede do sindicato em Jacareí (Rua José de Medeiros, 80). A entidade não detalhou a proposta da empresa que foi debatida no MPT, mas afirmou que ela continuou vem abaixo do pleiteado pelos trabalhadores. “Entre os pontos apresentados, está um pequeno avanço em relação à indenização social e aos benefícios oferecidos”, revelou o sindicato em nota distribuída nesta quarta-feira.
A audiência foi presidida pela procuradora do Celeste Maria Ramos Marques Medeiros, do Trabalho, e teve também a participação dos procuradores Ronaldo Lima dos Santos e Jefferson Luiz Maciel Rodrigues, ambos da Coordenação Nacional de Promoção de Liberdade Sindical e Diálogo Social (Conalis).
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A reintegração dos trabalhadores demitidos só ocorreu após o sindicato entrar com uma ação civil pública e conseguir uma liminar suspendendo todas as demissões. A entidade estima que a empresa havia demitido 580 operários, que agora estão de volta à sua folha de pagamento.
Mas a batalha principal , segundo o Sindicato de São José dos Campos, não está no campo jurídico. A entidade vem organizando uma forte campanha em defesa dos empregos e pela permanência da fábrica na cidade e. com isso, tem recebido apoio das mais diversas entidades de todo o país. “Deixamos claro para a empresa que nossa categoria preza pelos direitos e não se rende aos ataques dos patrões. A batalha continuará nas ruas e nos tribunais”, comentou Anderson da Silva Xavier, diretor da entidade e trabalhador da Caoa Chery.
Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de SJC e Região