A Scania comemora oficialmente no próximo 2 de julho 65 anos de operação no País com mais uma mais uma etapa evolutiva de sua trajetória. A unidade de São Bernardo do Campo (SP), onde está desde 1962 após transferência do bairro paulistano do Ipiranga, acaba ganhar uma fábrica de motores ampliada e um novo centro de Pesquisa e Desenvolvimento.
As novidades fazem parte de um ciclo de investimento de R$ 1,4 bilhão para o período de 2021 e 2024 e darão suporte às responsabilidades que a fabricante responde no chamado sistema de produção global da companhia. “Operamos como uma extensão da matriz para diversas regiões do globo, depois o Brasil sempre foi um dos maiores mercados para Scania”, resume Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America.
Como mais uma peça da engrenagem, a fábrica de motores foi ampliada de 25 mil m³ para 43 mil m³. Além do aumento do espaço físico, as instalações receberam atualizações com novas ferramentas e digitalização para incorporar nova geração de motores, além dos que começarão a ser produzidos para atender ao Proconve P8, legislação ambiental equivalente ao Euro 6 a partir de janeiro.
A ampliação providenciou à operação capacidade para 33 mil motores/ano. Das linhas, onde trabalham perto 700 colaborares, saem motores veiculares e industriais, movidos a diesel ou a gás, tanto para atender ao mercado interno quanto externo
Aliado a fábrica de motores, a Scania aportou R$ 43 milhões para colocar de pé um novo centro de Pesquisa e Desenvolvimento. O local, em fase final de conclusão, suporta os testes de demandas regionais e globais. Dentre as diversas responsabilidades da operação brasileira para produtos da marca mundo a fora, estão, por exemplo, ônibus com motores dianteiros, tanques de gás natural comprimido e sistema de basculamento de cabines.
De acordo com Podgorski, as novos instalações reforçam ações da empresa em sua trilha de sustentabilidade e processo de descarbonização no transporte. “É uma necessidade para o planeta, pessoas e rentabilidade do negócio, mas só será possível com o trabalho de toda a sociedade”, pondera.
A mais enfática iniciativa da empresa nessa rota surgiu em 2016, com a nova geração de caminhões da marca. Segundo a fabricante, os veículos providenciaram ao transportador 20% de economia no combustível, menos emissão. Pelas contas, os veículos em circulação no País já rodaram mais de 298 milhões de quilômetros. Ao considerar o custo do litro do diesel de R$ 6,50, a empresas calcula uma economia acumulada de R$ 2 bilhões.
Apesar do fortalecimento nas capacidades e vantagens nas ofertas da Scania, o ano de seu aniversário da Scania, ao menos até agora, se mostrou desafiado. A falta de semicondutores não é um privilégio exclusivo da fabricante, pois afeta todas.
Mas reconhece que foi mais afetada em relação às operações das concorrentes, o que derrubou a participação da empresa. Segundo dados da Anfavea, no acumulado de janeiro a maio deste ano, a Scania encerrou com fatia de 15% no segmento de pesados com 3,3 mil unidades vendidas, enquanto no mesmo período do ano passado tinha perto de 26%, ocasião na qual já somava 6,3 mil caminhões entregues.
“Passamos por fases que não sabíamos o que fazer no dia seguinte”, lembra Podgosrki. “Mas já estamos contando 12 semanas de produção sem paradas e tudo indica que a falta de semicondutores está mais sob controle, embora o desafio ainda persista. O trabalho agora é reestabelecer a confiança com o nosso compromisso de entrega de oito semana, como sempre foi.”
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Fotos: Scania/Divulgação
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