A partir do seu Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão, a Nissan vem intensificando ações nessas áreas, incluindo as relativas à participação da mulher na empresa, tanto na administrativa como na produção. A fabricante de Resende, RJ, reuniu nesta semana um grupo feminino de profissionais de comunicação para apresentar os avanços obtidos nos últimos anos e buscar ideias para projetos futuros em prol da equidade de gênero.

O próprio presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Airton Cousseau, acompanhou o encontro e fez um balanço do que vem sendo realizado na área. Citou, entre outros dados, o aumento de 4,8 pontos porcentuais no índice de participação das mulheres na produção, que em apenas um ano – de 2020 para 2021 – saltou de 9,6% para 14,4%. Do total de 1.796 funcionários nessa área, 260 atualmente são mulheres.

No administrativo, o porcentual passou, no mesmo comparativo, de 32,9% para 33,2%. Ou seja, nesse caso a participação já era bem mais elevada e praticamente se manteve. Dos 763 colaboradores do escritório, 253 são do sexo feminino. Nos programas que visam atrair novos profissionais, como os de estágio e de aprendiz, a prioridade passou a ser as mulheres, com obrigatoriedade de índices de participação de, respectivamente, 54% e 52%.

“Quando abrimos o segundo turno este ano, fizemos questão de contratar mais mulheres com foco inclusive em admitir mães solteiras, aquelas que são chefes de família”, lembrou o executivo. Ele admite que ainda há muito a evoluir, mas lembra que uma das ações já adotadas foi a revisão do plano de sucessão das lideranças, que agora passa a contemplar a presença feminina. “Se não tiver mulher, o líder tem de explicar a razão”.

Além disso, são realizadas palestras sobre equidade de gênero para sensibilizar toda empresa, assim como são feitos encontros da alta liderança com mulheres em todos os níveis para alavancar debate sobre representatividade feminina. Tem ainda o Programa de Mentoria de Mulheres para Mulheres, com foco em desenvolvimento da carreira para todos os níveis.

A Nissan também mantém o programa Mãe 360º, que acompanha a mulher desde o início da gestação até o primeiro ano do filho. Além dos 120 dias de licença-maternidade definido em lei, a montadora concede mais 60 dias (o pai tem 20 dias de licença paternidade, ao invés dos três definidos em lei). Pelo acordo coletivo, ofere 36 meses de auxílio-creche.

Na rede de concessinárias Nissan, que conta com 1.156 funcionários, a participação das mulheres no quadro de mão de obra subiu de 36,8% par 37,3% em um ano. Entre os consultores de vendas de acessórios, a falta do público feminino passou de 77% para 83,1%. Elas também dominan na função de líder de qualidade, com presença da ordem de 85%.

 

Alzira Rodrigues
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