O consórcio de veículos em geral, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e motos, entre outros, segue com números positivos este ano, conforme balanço da Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, divulgado nesta quinta-feira, 30. O segmento de pesados, no entanto, continua com números surpreendetes, seja em adesões como em negócios realizados.
No cômputo geral, a venda de novas cotas cresceu 7,3%, passando de 1,09 milhão de aquisições nos primeiros cinco meses do ano passsado para 1,17 milhão no mesmo período de 2022. No caso dos caminhões, ônibus, semirreboques e tratores, a alta chegou a 53,4%, com 95,6 mil adesões até maio deste ano ante as 62,3 mil do mesmo acumulado em 2021.
O número de participantes ativos no segmento de pesados cresceu 32,6%, para 545,7 mil, e o volume de créditos comercializados atingiu R$ 15,4 bilhões, expansão de 28,2% sobre os R$ 12 bilhões de janeiro a maio do ano passado. As contemplações evoluíram 22,1%, para 24,1 mil, enquanto o tíquete médio ficou em R$ 155,17 mil em maio deste ano, valor 9,8% inferior ao registrado em idêntico mês de 2021 (R$ 172 mil).
A Abac atribui o surpreendente desempenho do segmento de pesados este ano ao bom momento do agronegócio, que tem garantido demanda crescente por veículo de transporte rodoviário. Os caminhões e demais pesados respondem por 7,8% dos negócios totais de veículos no consório. A maior participação é a dos leves, com fatia de 58%, enquanto as motos têm penetração de 34,2%.
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No que diz respeito aos automóveis e comerciais leves, os valores liberados para os consorciados contemplados atingiu R$ 30,9 bilhões no acumulado até maio, com crescimento de 8,3% sobre o mesmo período do ano passado. O total de contemplados avançou 6,2%, para 242,6 mil, e teve alta de 7,3% no tíquete médio, que chegou a R$ 53,5 mil em maio.
Nos consórcios de motocicletas, houve resultados positivos em todos os indicadores. A venda de novas cotas cresceu 7,6%, chegando a 480,5 mil de janeiro a maio deste ano, e o volume de crédito evoluiu 19,2%, para R$ 7,6 bilhões. As mais de 275 mil contemplações nos primeiros cinco meses corresponderam a potencial compra de 53,9% do total verificado no mercado interno de motos, que atingiu 511,93 mil unidades, segundo dados da Fenabrave.
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