No balanço do semestre, perda de 170 mil veículos e paralisação de 20 fábricas por causa da falta de chips
Em um centário que mistura crédito mais difícil e linhas de montagem ainda afetadas pela falta de componentes, principalmente semicondutores, a Anfavea revisou para baixo as metas de crescimento da produção e vendas internas este ano. Estima-se, agora, que as montadoras vão fabricar 2,34 milhões de veículos, alta de 4,1% sobre 2021 (2,25 milhões), ante estimativa anterior de expansão de 9,4%, para 2,46 milhões.
No caso do mercado interno, a projeção feita em janeiro era de evolução de 8,5%, para 2,23 milhões de veículos. Agora a meta é chegar a 2,14 milhões, com crescimento inexpressivo de 1% sobre o ano passado, quando foram emplacados 2,12 milhões de veículos. A Fenabrave também revisou para baixo suas previsões e está apostando em vendas internas estáveis.
Só no caso das exportações as expectativas agora são melhores do que as divulgadas no início do ano. Ante os 376 mil embarques de 2021, acredita-se agora que as vendas externas totalizem 460 mil unidades, alta de 22,2%. A meta anterior era chegar a 390 mil.
Certo é que os problemas de abastecimento continuam afetando a produção do setor. De acordo com dados divulgados pela Anfavea, houve paralisação parcial ou total de 20 fábricas no primeiro semestre, com 357 dias inativos ou 18 dias por fábrica. A entidade acredita que a perda de produção foi de pelo menos 170 mil veículos.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, diz que a recuperação no segundo trimestre não compensou os fracos resultados dos primeiros três meses do ano, por isso a revisão das projeções divulgados agora em julho. A produção chegou a 203,6 mil unidades em junho, superando a marca de 200 mil pela segunda vez no ano. Mas o resultados foi 1,1% inferior ao de maio (205,9 mil).
LEIA MAIS
→Mercado de veículos leves volta a patinar
→Liderança entre os SUVs seguirá cabeça-a-cabeça até o fim do ano
→Fiat lidera novamente em junho e consolida vantagem em 2022
No acumulado dos seis meses foram produzidos 1.092.000 veículos, queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, houve crescimento de 20% em relação ao primeiro. “A crise global dos semicondutores vem se prolongando mais do que esperávamos em janeiro, reflexo de novos fatores como a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China causados pela nova onda de Covid, que afetam o fornecimento de insumos e a logística global”, comentou Leite.
O executivo diz que a falta de oferta refletiu no recuo dos licenciamentos, que totalizaram 178,1 mil unidades entre leves e pesados, com decréscimo de 4,8% em relação a maio e de 2,4% sobre junho de 2021. Mas ele admite que as restrições no crédito também estão afetando as vendas, com a maioria comprando atualmente à vista, o contrário do que acontecia anteriormente, Com relação à mão de obra, a Anfavea informa que foram criadas 705 vagas em junho, somando 1.488 desde o início do ano.
Foto: Nissan/AutoIndústria
Exportado para outros países desde 2016, só agora o hatch será vendido no país vizinho
Empresa garantiu US$ 100 milhões para financiar plano de reestruturação, previsto para ser concluído no…
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km