Não fosse as exportações, a indústria automobilística brasileira estaria engolindo números ainda mais amargos no acumulado dos seis primeiros meses de 2022.

Dentro de um cenário de recuo do mercado interno da ordem de 14,5%, os embarques têm representado uma válvula de alívio para as montadoras, que ainda imaginam, mesmo depois de queda de 5% no primeiro semestre, encerrar o ano com algum crescimento,  ainda que sobre a já fraca base de 2021.

A recuperação das exportações foi enaltecida como “a boa notícia do semestre” pela entidade em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 8. Os 246 mil veículos embarcados no período representaram crescimento de 23% sobre igual período do ano passado.  Com  a exportação de veículos de maior valor, o faturamento com a atividade cresceu ainda mais: 33,7%, para US$ 4,9 bilhões, sendo US$ 1 bilhão registrado em junho.

Esse desempenho  fez com que as montadoras revissem a projeção para 2022. A expectativa agora é de que 460 mil unidades sejam exportadas no ano, alta de 22,2% na comparação com 2021. Desses, 433 mil automóveis e comerciais lves. Caminhões e ônibus devem somar os 27 mil veículos restantes, o que representará estabilidade com 2021.

Em janeiro, a Anfavea projetou que o setor enviaria 390 mil veículos para outros países  com crescimento margial sobre as 376 mil consolidadas no ano passado.

Com a nova previsão de que o Brasil fabricará 2,34 milhões de automóveis, comerciais leves e ônibus, as exportações responderão por 19,%% do total de 2022. Cálculos feitos em janeiro indicavam produção de 2,46 milhões e exportações de 390 mil,  oque resultaria em participação menor dos embarques, de cerca de 16%.

Márcio Leite, presidente da Anfavea, apontou especialmente os envios para Colômbia, Chile,Peru, México e Uruguai como responsáveis pelo crescimento, apesar da crise na Argentina, maior mercado externo dos veículos brasileiros. Só em junho seguiram para fora do Brasil cerca de 47,3 mil  unidades. É o melhor resultado mensal desde agosto de 2018.

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Foto: Divulgação

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