Segmento recuou 19% no primeiro semestre. Picapes grandes sofreram menos.
Principal destaque e segmento de maior crecimento em 2021, com avanço acima de 24% contra pouco mais de 1% do mercado total de leves, picapes e furgões perderam o fôlego de atleta no primeiro semestre. Com 168,3 mil licenciamentos, tiveram queda 16,9%, maior até do que os 15% dos automóveis.
Responsável por 84% das vendas de comerciais leves, as picapes, isoladamente, tiveram desempenho ainda pior, com 141,9 mil emplacamentos, 19,3% abaixo do resultado de igual período do ano passado. O resultado foi puxado para baixo em especial pelas pequenas — quase um monopólio da Fiat Strada, que detém 93% das vendas —, que recuaram nada menos do que 30,2%, para 54,8 mil licenciamentos.
Os negócios com picapes grandes foram, digamos, menos prejudicados, mas com recuo igualmente amargo de 10,4%: de 97,2 mil para 87 mil unidades. Chama atenção nessa faixa de mercado o crescimento de 24% das vendas da Mitisubishi L200, que teve mais de 7,2 mil unidades vendidas nos primeiros seis meses e passou do 6º para o 4º lugar no ranking, da vicde líder Toyota Hilux (+10,7%, para 21,5 mil) e da gterceira colocada Chevrolet S10 (+ 9%, 14 mil).
Os demais cinco modelos com participações mais expressivas registraram recuos bem acima da média do segmento. É o caso da líder Toro, que vendeu 25,9 mil unidades, 24% abaixo na comparação anual, e da argentina Ranger, que, mesmo sendo o veículo mais vendido da Ford no País, passou para a 6ª posição com somente 6,7 mil emplacamentos, queda de 32%.
O maior tombo porcentual, entretanto, foi de outro veículo argentino: a Amarok, que segue como a 8ª picape mais licenciada, mesmo depois de ver suas vendas encolherem 41%, para somente 1,9 mil licenciamentos. A Volkswagen espera que sua picape atraia mais clientes a partir da renovação estilística e do aumento de tecnologia embarcada que serão implementados no transcorrer dos próximos meses.
Mas a Amarok tem cara, corpo e conteúdos de uma veterana que quase nada mudou ao longo de 12 anos no mercado brasileiro. Algo muito diferente do que ocorre com a Renault Oroch e, sobretudo, com a Nissan Frontier, que igualmente tiveram quedas expressivas de, respectivamente, 35% e 16%.
A Oroch é somente a 7ª colocada (3,8 mil licencimentos) e a Frontier está imediatamente à frente, com 4 mil unidades negociadas ante 4,7 mil no primeiro semestre do ano passado. Ambas mudaram no começo do segundo trimestre. A Oroch, menos: ganhou novo motor e um ou outro apetrecho.
Já a Frontier entrou numa geração integralmente nova. Ainda assim, segue como quase coadjuvante do segmento, papel que tem desempenhado nos últimos anos. Tanto em maio quanto em junho vendou pouco mais de 700 unidades, menos da metade dos emplacamentos da Ford Ranger, que carrega na caçamba o peso da saída da Ford do Brasil.
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Foto: Divulgação
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