Oferta, no entanto, ainda está aquém da demanda e fila de espera varia de 30 a 50 dias
Apesar dos problemas de logística que persistem desde a eclosão da pandemia da Covid-19, com a oferta ainda aquém da demanda, os fabricantes de motocicletas seguem com desempenho positivo no ano e a Abraciclo, a entidade que representa o setor de duas rodas, elevou a projeção de crescimento da produção de 7,9% para 10,5% estimando que sairão das linhas de montagem perto de 1,32 milhão de unidades em 2022.
É um movimento inverso ao que aconteceu com relação à produção e venda de veículos leves e pesados, que tiveram projeções revisadas para baixo. O setor de motos prevê atingir 1,26 milhão de emplacamentos, com alta de 8,9% sobre 2021, e expandir exportações em 4,7%, para 56 mil ujnidades.
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, admite que a indústria não tem conseguido produzir o suficiente para atender o mercado interno, lembrando que ainda há medidas internas nas fábricas para evitar aglomerações. “Somado a isso, temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de entrega (delivery), o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, explica o executivo.
No caso das motos de baixa cilindrada e dos scooters, as filas de espera estão hoje na faixa de 30 dias. Com relação às entregas relativas aos consorciados contemplados, a espera é maior, variando de 40 a 50 dias.
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Em junho, 101.695 motocicletas saíram das linhas de montagem, queda de 21,6% na comparação com maio (129.781 unidades) e de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (105.450 motocicletas). A retração já era esperada devido ao início das férias coletivas. “As fábricas aproveitam essa parada para realizar as manutenções e os ajustes necessários em suas linhas de montagem”, explica o executivo.
Em junho a produção caiu em relação a maio, por causa das férias coletivas nas fábricas de Manaus, AM, que teve duração de 15 dias, pegando uma semana do mês passado e uma do atual. Foram fabricadas 101.695 motocicletas, queda de 21,6% em relação a maio (129.781 unidades) e de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (105.450 motocicletas).
No primeiro semestre foram produzidas 671.293 motos, volume 18% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (568.863 motocicletas). Segundo a Abraciclo, esse é o melhor resultado para os seis primeiros meses do ano desde 2015 (697.540 unidades). As exportações atingiram 25.115 motocicletas, recuo de 4,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
O presidente da Abraciclo disse que mesmo com o aumento da expectativa de produção, “seguimos atentos às diversas variáveis que poderão impactar negativamente o mercado, como a alta da inflação e o aumento da taxa de juros que reduzem bastante o poder aquisitivo da população. Além disso, estamos num ano eleitoral e, como acontece sistematicamente, isso gera muito estresse no mercado”.
Foto: Divulgação/BMW
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