Capacidade de entrega definirá o desempenho nos próximos meses
Embora o mercado de ônibus tenha encerrado o primeiro semestre do ano em queda de 3%, a Mercedes-Benz enxerga um comportamento mais comprador na segunda metade do ano. Sobre a mesa, a fabricante trabalha com estimativa de crescimento de 20% a 50% nas vendas de chassis sobre o ano passado, volume de 17 mil a 21 mil unidades.
Ainda que pese o desarranjo logístico no fornecimento de peças e componentes, a empresa avalia cenário mais oportuno que desafiador nos meses que se avizinham. Estão na conta demanda reprimida dos últimos anos de pandemia, ano eleitoral, que habitualmente movimenta o segmento de urbanos, encomendas para o Caminho da Escola e renovação de frota antecipada, impulsionada pela mudança de fase do Proconve.
“Esse é o ano da virada de chave para o mercado de ônibus, depois dois anos muito difíceis”, acredita Walter Barbosa, diretor de venda e marketing da Mercedes-Benz. “Começou a melhorar no fim de 2021, mas há um descompasso nas entregas devido aos gargalos na produção, entregas de hoje são de vendas de janeiro.”
Segundo Barbosa, não fosse o atraso entre a fábrica e o operador de ônibus, o mercado já estaria 50% acima. “Há um volume represado ainda não registrado nos números de licenciamentos.”
Para o executivo, mesmo que as dificuldades logísticas persistam, mercado pode não absorver as 21 mil unidades previstas, mas certamente ficará próximo aos 17 mil chassis. “A produção irá definir a capacidade de entrega”, pondera. “No ano passado, poucos clientes queriam ou podiam comprar, esse ano é completamente diferente.”
Independentemente das estimativas, a trajetória da Mercedes-Benz segue em crescimento. No primeiro semestre, a fabricante anotou alta de 27% nas vendas com 3,6 mil chassis negociados, o que correspondeu a 50% dos emplacamentos totais, de 7,3 mil unidades.
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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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