A produção sufocada pelo persistente desarranjo logístico na cadeia de suprimentos derrete o mercado de automóveis na Europa. De acordo com os dados da Acea, associação dos fabricantes no continente, apresentados na sexta-feira, 15, as vendas do primeiro semestre (inclui União Europeia, Reino Unido e países da associação de livre comércio) fecharam com retração de 13,7%, com 5,59 milhões de carros ante 6,48 milhões registrados um ano antes.
No confronto entre os meses de junho, o recuo chegou em 16,8%, de 1,28 milhão de unidades entregues há um ano para 1,06 milhão anotadas no mês passado. Com o resultado, as vendas de automóveis na Europa acumulam doze meses de quedas consecutivas.
Com exceção do pequeno mercado da Islândia, que com 2,5 mil unidades mostrou crescimento de 35%, todos os outros registraram declínios. Dentre os quatro principais, as vendas na Alemanha recuaram 18,1%, na Itália, 15%, na França 14,2% e na Espanha 7,8%.
Segundo relatório da Acea, somente na União Europeia, o volume vendido no mês passado, de 886,5 mil automóveis, em queda de 15,4%, foi o menor junho desde 1996.
Com o volume parcial do sexto mês, o mercado da UE termina a primeira metade do ano com baixa de 16,8% nas vendas, com 4,60 milhões de automóveis vendidos ante 5,36 milhões negociados um ano atrás.
Ao fim do primeiro semestre, o Grupo Volkswagen se manteve como líder de vendas com 1,34 milhão de carros vendidos, o que representou 24,1% de participação. A Stellantis, na vice-liderança, fechou acumulou 1,08 milhão de vendas e fatia de 19,4%. Completa o pódio o Grupo Hyundai, com 556,3 mil unidades entregues, volume equivalente a 9,3% das vendas totais.
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Foto: Acea/Divulgação