Mercado

Aluguel de carros para turismo cresce 20% em julho

Presidente da Abla diz que alto preço das passagens aéreas e dólar instável favorecem os negócios domésticos

Ao contrário dos dois últims anos, quando o movimento das locadoras se manteve inalterado mesmo em períodos de férias por causa da Covid-19, este ano houve crescimento dos negócios em julho com relação aos meses anteriores. A informação é do presidente da Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, Marco Aurélio Nazaré, que apesar de não revelar números absolutos garante haver hoje maior procura pela locação de carros para viagens locais.

“O brasileiro redescobriu o turismo doméstico. As pessoas passaram a buscar roteiros mais baratos e distâncias mais curtas. Os destinos nacionais se tornaram apostas certas, que combinam perfeitamente com as viagens de carro. As férias de julho, este ano, representaram um crescimento de 20% da locação diária no comparativo com o movimento da baixa temporada”, garante o executivo.

Segundo o dirigente da associação, todos os segmentos afetados pela pandemia começam a mostrar sinais de recupação agora. No caso do turismo doméstico, o aumento expressivo dos preços das passagens aéreas e o dólar instável têm contribuído para o aumento da demanda por aluguel de carros, assim como a retomada dos eventos e festividades presenciais, como carnaval e São João.

De acordo com dados da Abla, o turismo é responsável pela demanda de 48% da frota total das locadoras brasileiras, que atualmente é de 1.173.357. Isso representa mais de 560 mil carros destinados a esse tipo de atividade, seja de lazer ou de negócios, “Com pagamento por hora, contratos flexíveis e facilidades como combustível e pedágios incluídos, a locação se mostra uma vantajosa alternativa para quem não abre mão de viajar, avalia o presidente da Abla.

LEIA MAIS

Locadoras ampliam faturamento em 33,5%

A locação de carros teve expansão de 33,5% no Brasil em 2021, enquanto o número de usuários cresceu 12,3% em relação ao ano anterior. Nazaré também comenta que houve mudança de comportamento do consumidor com relação à visão do automóvel, que deixou de ser visto como posse. “As pessoas que venderam o carro próprio descobriram e migraram para o serviço de carro por assinatura. Com duração de 12 a 48 meses, os contratos podem ser renovados periodicamente”, lembra o executivo.


Foto: Divulgação/Abla-Pixabay

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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