A atividade exportadora da indústria automobilística brasileira encerrou julho com 41,9 mil carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus embarcados. O resultado representa salto de nada menos do que 76,3% com relação aos embarques efetivados no mesmo mês do ano passado. Na comparação com o junho, entretanto, a variação foi negativa em 11,4%.

No acumulado dos sete primeiros meses de 2022, as montadoras locais enviaram 288 mil veículos, 28,7% a mais do que em igual intervalo de 2021. Essa vigorasa evolução, entretanto, mais do que uma retomada igualmente importante dos mercados compradores, se deve muito  à base de comparação — fraquíssima!

Em 2021, o Brasil exportou  384 mil veículos, o terceiro menor volume da última década, à frente apenas de 2020 (330 mil), ano em que as transações internacionais ficaram paralisadas semanas e até meses, em decorrência da pandemia da Covid-19, e de 2014 (359 mil).

O recuo do número de embarques com relação a junho, após três meses seguidos de elevação, a Afanvea credita particularmente ao mercado argentino, ainda principal destino dos veículos  brasileiros, responsável por 30% das vendas externas.Recentes medidas governamentais, entretanto, têm limitado a saída de dólares do país, o que, natualmente, dificulta os negócios internacionais.

A mudança do mix dos produtos exportados, para veículos de maior valor agregado, tem assegurado crescimento ainda maior do faturamento. Em julho, as exportações de veículos representaram US$ 903 milhões, o que eleva a arrecadação no ano para US$ 5,8 bilhões,  37,4% acima do registrado nos primeiro sete meses de 2021.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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