Presidente da Anfavea atribui desempenho ao aumento dos negócios no atacado. Varejo sofre com juros altos e restrições ao crédito.
Graças ao aumento das vendas diretas, que atingiram participação próxima de 50% no segmento de automóveis conforme antecipado pelo AutoIndústria na terça-feira, 2, a média diária de emplacamentos de veículos em julho foi a maior do ano, com total de 8,7 mil unidades, ante as 8,5 mil de junho e maio.
Os números foram divulgados pela Anfavea nesta sexta-feira, 5, incluindo tanto automóveis e comerciais leves como também caminhões e ônibus. No total, o mercado interno absorveu 181.994 unidades, segundo melhor mês do ano em números absolutos, atrás apenas de maio. O resultado representou avanço de 2,2% sobre junho e de 3,7% sobre o mesmo mês de 2021.
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Ao comentar os números de julho e do ano, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, admitiu que o varejo está sofrendo com a alta dos juros e as restrições ao crédito. Deixou claro que 50 mil unidades do total comercializado no mês foram destinadas a frotistas, principalmente locadoras.
E voltou a lembrar que as vendas a prazo, que no ano passado respondiam por 80% das transações de automóveis e comerciais leves, hoje se restringem a 35%.
“A grande maioria, ou 65%, está comprando a vista, incluindo aí o valor do veículo que entra na troca. O varejo, indiscutivelmente, vem sendo afetado pelos juros elevados, na faixa de 30% ao ano, e as restrições cada vez maiores dos bancos na hora de concecer o crédito”, destacou o executivo.
No acumulado de janeiro a julho, o mercado interno absorveu 1,1 milhão de veículos, queda de 12% sobre o mesmo período do ano passado. Apesar das evidentes dificuldades enfrentandas atualmente no varejo, o presidente da Anfavea fez questão de comemorar a inclusão dos automóveis de passageiros na nova etapa de redução do IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, que passou a vigorar no início deste mês.
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“Foi uma decisão sensata do governo federal, em especial do Ministério da Economia, no sentido de ataque ao Custo Brasil e da busca de uma carga tributária mais compatível com a de outros países produtores de veículos”, declarou Lima Leite, lembrando que da mesma forma que ocorreu na redução de março, os veículos que já estão na rede de concessionários, mas ainda não foram vendidos, poderão ser refaturados com a nova alíquota de IPI..
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