A indústria automotiva conseguiu atingir produção de 218.950 veículos em julho, entre leves e pesados, o melhor resultado desde novembro de 2020, portanto dos últimos 20 meses. Houve crescimento de 7,% sobre junho e de 33,4% sobre julho de 2021.
No acumulado dos sete primeiros meses, a produção chegou a 1.310.639 unidades, praticamente empatando volume com o registrado no mesmo período do ano passado (1.313.226). A queda foi de apenas 0,1%. O desempenho positivo de julho reflete menores problemas com a falta de semicondutores, segundo comentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, nesta sexta-feira, 5.
“A questão ainda não está de toda resolvida, mas alguns fatores, como as férias parciais nas montadoras europeias e norte-americanas, favoreceu o abastecimento local de semicondutores”, informou o executivo, reconhecendo, inclusive, que ainda há muitos veículos incompletos no patios das montadoras. ”
Por causa da escassez de chips que perdura desde o ano passado, quatro fábricas sofreram paralisações em julho. No ano, o problema atingiu 24 fábricas, com um total de 408 dias inativos ou 17 dias por unidade industrial.a indústria em geral. De qualquer forma, o nível de emprego segue em alta. Chegou a 103.820 pessoas em julho, com cerca de 1.300 contratações em um mês.
A produção de automóveis e comerciais leves totalizou 1.209.682 unidades no acumulado até julho, com pequena queda de 0,2% sobre idênticoperíodo de 2021. Já no caso dos caminhões, houve queda de 5,6%, para 84,5 mil unidades.
Para atingir a meta de 2,14 milhões de veículos produzidos no ano, entre leves e pesados, é preciso um crescimento linear mensal de 13% até dezembro. O presidente da Anfavea admite não ser uma tarefa fácil, mas por enquanto não descarta a projeção feita na virada do ano.
As vendas internas de veículos leves e pesados atingiram 181.994 unidades em julho, segundo melhor mês do ano, atrás apenas de maio. As exportações somaram 41,9 mil autoveículos, 11,4% a menos que em junho, mas 76,3% a mais que em julho de 2021
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No total do ano, o volume de 288 mil embarques supera em 28,7% o resultado de igual período do ano passado. Já no caso do mercado interno, com acumulado de 1,1 milhão de unidades, verifica-se queda de 12% no comparativo interanual.
Foto: fábrica Nissan
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