Computando-se as compras no exterior feitas pelas montadoras locais, fatia dos veículos vindos de fora subiu para 13,6% este ano
Apesar dos números negativos dos associados da Abeifa quando o tema é importados, o balanço da venda de veículos que vêm de outros países, incluindos os trazidos pelas montadoras aqui instaladas, é positivo no ano, enquanto o de emplacamentos de veículos leves produzidos no país registra queda.
Foram comercializados de janeiro a julho total de 139.295 automóveis e comerciais leves importados, uma alta de 8% sobre os 128.943 do mesmo período de 2021. Já a demanda pelos modelos nacionais caiu 15,2%, de 1.041.171 para 883,029, conforme dados divulgados semana passada pela Anfavea. No comparativo interanual, a participação dos importados no segmento de leves cresceu de 11% para 13,6%.
Na média, as vendas de automóveis e comeciais leves caíram 12,6%, de 1.170.114 para 1.022.324, ou seja, os importados contribuíram para o tombo deste ano não ser maior. O que explica o aumento da venda de importados é basicamente a troca de modelos entre Brasil e Argentina por parte das montadoras com operações nos dois países.
São números que não constam dos dados da Abeifa, uma entidade que hoje mistura importadores independentes, como Kia, Ferrari, Lamborguini e Volvo Car, e empresas com produção local, caso da Caoa Chery e Jaguar Land Rover.
Entre as suas representadas, a Kia, que sobrevive apenas de veículos importados da Coreia, ampliou vendas em 3,7% este ano, com 2.815 licenciamentos até julho. Já a Land Rover, que tem fábrica em Itatiaia, RJ, reduziu importações em 59,3%, de 1.946 para apenas 792 unidades
Já os fabricantes com operações no Brasil e Argentina, como Volkswagen, Toyota e Nissan, vêm ampliando as compras no país vizinho. Um dos motivos, certamente, é a forte retração no mercado argentino, que enfrenta crise econômica com recessão geral na economia.
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A marca alemã começou a trazer o SUV Taos de lá no final do primeiro semestre do ano passado, totalizando até julho de 2021 apenas 1.490 unidades importadas. Já no acumulado dos primeiros sete meses deste ano, emplacou 5.018 unidades do modelo produzido no país vizinho.
Também a Toyota ampliou as compras da picape Hilux na Argentina, assim como suas vendas no mercado brasileiro. Até julho foram emplacadas 25.666 unidade do modelo, até as 23.818 de idêntico período de 2021.
A Nissan Frontier tem volume menor este ano – 4.741 ante as 5.678 de janeiro a julho do ano passado -, o que é explicado pela mudança recente do modelo, que reduziu sua produção por um tmepo. A tendência é de crescimento a partir de agora, até porque há filas de espera para a sua compra no Brasil, segundo revelaram executivos da marca no mês passado.
Foto: Divulgação/Toyota
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