A indústria brasileira de motocicletas tem em 2022 um ano de recuperação. As fabricantes concentradas no Polo Industrial de Manaus, AM, já alcançaram 776 mil unidades produzidas de janeiro a julho,  16,9% acima de igual período do ano passado e o melhor resultado desde 2015, quando 800 mil motos deixaram as linhas de montagem.

Somente em julho, o setor produziu 104,8 mil unidades, informa a Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, número que representa crescimento de 3% diante de junho e de 10,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Mesmo com as férias coletivas de junho e julho, as associadas realizaram um grande esforço de produção para atender a demanda do mercado”, afirma Marcos Fermanian, presidente da entidade, que em julho, depois de evolução de 18% no primeiro semestre, reviu as projeções para 2022.

A Abraciclo elevou sua estimativa de crescimento da produção de 7,9% para 10,5% sobre 2021. Ou seja, o setor deve chegar perto de 1,32 milhão de unidades fabricadas neste ano, resultado impusionado pela demanda elevada do mercado interno e que igualmente teve seus números revisados para cima.

O setor entende agora que as vendas no varejo poderão esbarrar em 1,26 milhão de motos, 9% acima do registrado em 2021. Inicialmente, a expectativa era de não mais do que 1,23 milhão.

Bo acumulado dos sete primeiros meses de 2022 já foram licenciadas 774 mil unidades, crescimento de 18,2% sobre igual período do ano passado. Só em julho, os emplacamentos somaram 107,4 mil, recuo de 11% na comparação com junho e 4,5% ante o reultado de julho de 2021.

Contra o mercado interno em elevação, a indústria de motocicletas tem colhido números em queda nas exportações, que acumularam somente 30 mil unidades de janeiro a julho, 6,8% a menos. Em julho, as 4,9 mil motocicletas embarcadas representaram recuo de 17,7% diante de igual mês de 2021.

Segundo dados do Comex Stat, a Colômbia  é o maior mercado internacional para as motos brasileiras, representando 31% do total de embarques no ano, com a Argentina (26,6%) e Estados Unidos (18,4%) logo na sequência.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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