Criado por meio da medida provisória 1.112/2022, já aprovada pelo Congresso Nacional, e agora apenas na dependência de sanção presidencial, o Programa Renovar vai focar na reciclagem dos veículos pesados velhos a serem retirados de circulação ao invés de limitar-se ao sucateamento deles.

A informação é da coordenadora geral de Fiscalização de Regimes Automotivos do Ministério da Economia, Margarete Gandini, que nesta quinta-feira, 18, participou da abetura do Simea 2022, promovido pela AEA, Associação da Engenharia Automotiva, na capital paulista.

“Vamos credenciar algumas empresas para o descarte dos caminhões que serão retirados de circulação por meio do Programa Renovar. Há sucateadoras e usinas que fazem isso. Mas nós não queremos apenas sucatear. A ideia é avançar e buscar empresas de descarte que também se encarreguem da reciclagem do material”, informou Margarete, prevendo para breve o deslanchar do Renovar, programa há muito aguardado pelo setor automotivo.

A própria representante do Ministério da Economia reconheceu ser baixo no Brasil o número de empresas com esse perfil, o que significa que um novo e promissor mercado pode ser aberto localmente a partir da implementação do programa de renovação de frota já aprovado pelo Congresso Nacional.

O Renovar prevê retirar de circulação os veículos pesados (caminhão, ônibus ou implemento rodoviário) com mais de 30 anos ou no fim da sua vida útil a fim de aumentar a produtividade e competividade da frota rodoviária brasileira. A adesão ao programa será voluntária, sendo que o interessado terá de volta o valor de referência de mercado do veículo mais o valor da sucata/reciclagem para negociar um veículo mais novo ou zero km.

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Haverá um fundo específico para subsidiar o programa, sendo uma parte da verba virá de um fundo de pesquisa destinado a empresas de petróleo e gás. A estimativa é gerar perto de R$ 500 milhões por ano para reembolsar os interessados em aderir ao programa.

O Renovar, a princípio, terá vigência até 2027 e os recursos serão destinados prioritariamente aos transportadores autônomos de carga.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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